O ano de 2024 foi marcado por recordes na exportação dos produtos do agro capixaba. De janeiro a dezembro, as exportações do agronegócio do Espírito Santo movimentaram mais de US$ 3,6 bilhões, o que equivale a R$ 22,2 bilhões. O valor obtido nas vendas superou o gerado com o comércio exterior do agro capixaba desde o início da série histórica para os anos completos. O resultado também representa um crescimento de 69,4% em relação ao mesmo período de 2023 (US$ 2,1 bilhões).
Já no recorte de valores, as exportações do Estado tiveram crescimento superior em relação aos dados nacionais, nos quais o índice do Brasil decresceu 1,27% no valor comercializado e apresentou baixa de 2,9% em volume. Mais de 2,69 milhões toneladas de produtos do agro capixaba foram embarcadas para o exterior, representando um crescimento médio de 5,1% em volume.
Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba — complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino — representaram 95% do valor total comercializado de janeiro a dezembro de 2024.
Maiores crescimentos em valores
café cru em grãos (+119,1%)
café solúvel (+42,2%)
celulose (+41,2%)
mamão (+34,7%)
carne bovina (+32,7%)
chocolates e preparados com cacau (+27,6%)
gengibre (+20,6%)
pescados (+19,1%)
Produtos maior maior alta no volume
café cru em grãos (+67,7%)
gengibre (+49,2%)
carne bovina (+39,1%)
mamão (+35,9%)
café solúvel (+19,7%)
chocolates e preparados com cacau (+14,1%)
pescados (+6,5%)
álcool etílico (+4,6%)
“Os preços internacionais foram bons para boa parte de nossos produtos e, com a alta do dólar, levou a um aumento expressivo no valor comercializado pelo Espírito Santo. O café teve volumes recordes exportados, principalmente o conilon, que se consolidou como o principal produto da nossa pauta de comércio exterior do agro”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.
Destino
Em 2024, os produtos capixabas foram enviados para 125 países. Os Estados Unidos se destacam como principal parceiro comercial, com 22% do valor comercializado. Além disso, a participação relativa do agronegócio nas exportações totais do Espírito Santo de janeiro a dezembro foi de 33,8%.
“Os dados reforçam a competitividade do agro perante aos outros setores no cenário internacional. Isso é fruto de muito trabalho e resiliência dos produtores e das agroindústrias do Espírito Santo, que conseguem atingir mercados em todos os continentes com produtos de qualidade e sustentáveis”, pontuou Enio Bergoli.
De janeiro a dezembro do ano passado, dez produtos se destacaram em geração de divisas. O complexo cafeeiro ficou em primeiro lugar com US$ 2,17 bilhões (60,1%), seguido por celulose com US$ 1,1 bilhão (30,3%), pimenta-do-reino com US$ 163,2 milhões (4,5%), gengibre com US$ 45,3 milhões (1,3%), mamão com US$ 28,3 milhões (0,78%), carne bovina com US$ 27,2 milhões (0,75%), chocolates e preparados com cacau com US$ 20,0 milhões (0,55%), álcool etílico com US$ 14,2 milhões (0,39%), pescados com US$ 7,3 milhões (0,20%) e carne de frango com US$ 7,3 milhões (0,20%). O conjunto de outros diversos produtos do agronegócio somou US$ 35,5 milhões (0,98%).
Café segue em primeiro lugar
Na pauta de exportação de 2023, o complexo cafeeiro passou a ocupar o primeiro lugar, impulsionado pelo café conilon, que mais que triplicou o volume de sacas exportadas naquele ano.
Em 2024, o café novamente se manteve no primeiro lugar. De janeiro a dezembro do último ano, foram exportadas aproximadamente 7,6 milhões de sacas de conilon, sendo um pouco mais de 7,06 de conilon cru em grãos e cerca de 571 mil sacas de equivalente de solúvel. Além disso, foram exportadas cerca de 753,7 mil sacas de arábica, que somadas ao conilon, dá um total de 8,4 milhões de sacas de café capixaba exportadas em 2024.
“O complexo cafeeiro segue com destaque das exportações do agronegócio, já consolidado como principal arranjo produtivo agrícola em geração de divisas, superando e muito as exportações de celulose. E o café conilon o foi grande responsável por alavancar esses resultados, com crescimento significativo de 78%, saindo de aproximadamente 3,9 milhões de sacas exportadas entre janeiro e dezembro de 2023 para mais de 7 milhões de sacas no mesmo período de 2024. Vale lembrar que o conilon está presente em cerca de 50 mil propriedades rurais capixabas”, complementou Bergoli.
De janeiro a dezembro, o Espírito Santo também foi o maior Estado exportador brasileiro de gengibre, pimenta-do-reino e mamão, com participação em relação ao total nacional de 62%, 58% e 44%, respectivamente. Além disso, superou São Paulo na comercialização do complexo cafeeiro, envolvendo café cru em grãos, solúvel e torrado/moído, conquistando a segunda posição no ranking nacional das exportações totais de café e derivados.
Fonte: www.agazeta.com.br