A Aliança Energia realizou no último sábado, sete de outubro, mais um simulado bem-sucedido, mobilizando inúmeras pessoas dos municípios de Aimorés, em Minas Gerais e Baixo Guandu, no Espírito Santo. O objetivo foi capacitar a comunidade residente nas Zonas de Autossalvamento (ZAS) da Usina Hidrelétrica de Aimorés para saber agir em eventuais situações de emergência e também avaliar o tempo de resposta e a eficácia dos planos de evacuação.
As comunidades das duas localidades aderiram espontaneamente ao treinamento, que envolveu o trabalho conjunto de muitos profissionais, entre autoridades, órgãos de Proteção e Defesa Civil e voluntários. Atuando em 15 dos pontos de encontro, situados em locais considerados seguros para a permanência de pessoas em caso de uma intercorrência, as equipes receberam os moradores e aplicaram um questionário para avaliar a iniciativa. Quem respondeu, informou sobre a compreensão da importância do PAE, o entendimento de como agir se as sirenes tocarem, a qualidade do sistema de alerta (placas e toque da sirene), as sugestões de melhoria. Na ocasião, os moradores também puderam esclarecer dúvidas sobre o Plano de Ação de Emergência e se tranquilizar quanto à segurança e a estabilidade das barragens da UHE Aimorés.
Dinâmica
Às 13h o grupo de trabalho se reuniu no Centro de Comando Geral, montado na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) José Damasceno Filho, em Baixo Guandu (ES), para repassar as últimas instruções para os grupos, que foram divididos e designados aos pontos de encontro. Precisamente às 15 horas, as sirenes foram acionadas simultaneamente e a população, previamente informada, seguiu pelas rotas de fuga para os pontos de encontro pré-definidos, nos municípios de Aimorés e Baixo Guandu.
“Cada ponto de encontro foi estruturado para receber a comunidade, acolhendo os moradores que dedicaram tempo precioso deste sábado para exercitar a cidadania e demonstrar que sabem atuar preventivamente”, comenta Tatiana Teixeira, líder dos voluntários do ponto de encontro da rua Quintino Bocaiuva (PE03), no Centro de Baixo Guandu.
Para o Jonas de Oliveira, que mora há 52 anos na região, o simulado veio para contribuir. “Fiz questão de participar, pois acho o treinamento muito importante. Com certeza cumpriu muito bem o seu propósito. Se acontecer algo, as pessoas vão saber como se comportar”, disse.
A técnica de segurança do trabalho, Ana Melo da Silva, que mora há seis anos em Baixo Guandu também achou positivo o exercício. “Ouvi bem a sirene e foi fácil achar o ponto de encontro. Esse treinamento é de grande valia porque em uma situação real, a população saberá o que fazer”, ressaltou.
Balanço positivo
De acordo com o Grupo de Trabalho responsável pela realização do exercício simulado, formado pelas Coordenadorias Municipais de Proteção de Defesa Civil (COMPDECs) de Aimorés e Baixo Guandu, Polícia Militar de Minas Gerais e do Espírito Santo, Bombeiros Militares dos dois Estados, Aliança Energia, o balanço do evento foi bastante positivo.
“Hoje pudemos avaliar que as pessoas se sentem seguras e sabem o que fazer em uma eventual emergência: guiarem-se pelas rotas de fuga e chegarem aos pontos de encontro para receberem informações sobre os próximos passos”, comenta Sandro Farias Brandião, coordenador da Defesa Civil de Baixo Guandu. “Esperamos que nos próximos simulados cada vez mais pessoas possam participar e contribuir para a construção de uma da cultura de segurança na nossa região, pois testes de sirenes e simulados fazem parte de uma rotina preventiva”, conclui José Lopes Souza Neto, coordenador da Defesa Civil de Aimorés.
Sobre o simulado
Esse foi o segundo simulado do PAE da UHE Aimorés e teve o objetivo de capacitar as populações de Aimorés (MG) e Baixo Guandu (ES) que vivem às margens do Rio Doce para atuação em caso de emergências, testando as rotas de fuga e sistema de alerta (sirenes) já implementados desde 2019, ano em que foi realizado o primeiro exercício.
O treinamento atende as legislações vigentes – Política de Proteção e Defesa Civil (Lei 12.608/2012) e Política Nacional de Segurança de Barragens (Lei 12.334/2010) regulamentada pela resolução ANEEL 1064/2023 – e também busca contribuir para a atuação preventiva dos órgãos de Defesa Civil. Faz parte das medidas contínuas de prevenção previstas no Plano de Ação de Emergência (PAE) para testar o sistema de alerta (sirene), a sinalização das rotas de fuga e pontos de encontro das Zonas de Autossalvamento (ZAS) e também para que todos saibam como agir no caso de alguma situação adversa.
Desde 2019, as sirenes que compõem o sistema de alerta são testadas periodicamente e a comunidade é orientada por meio de campanhas e ações de comunicação sobre como proceder em caso de emergência. “É importante reforçar que as barragens da Usina de Aimorés seguem estáveis e seguras e esse exercício faz parte de uma rotina preventiva de orientação da comunidade, mesmo para usinas em condições normais de segurança, em cumprimento à legislação vigente”, destaca Adilison Melo, coordenador da Usina de Aimorés.
FONTE: COMUNICAÇÃO/USINA DE AIMORÉS