A Comissão dos Atingidos de Baixo Guandu do Caso Samarco realizou ontem, no escritório da advogada Richardeny Lemke, uma reunião extraordinária para discutir as reivindicações que serão levadas à 12ª Vara Federal, no dia 8 de abril, em audiência concedida pelo juiz que cuida do processo indenizatório, dr. Mário de Paula Franco Júnior. Comissões de vários territórios ao longo da bacia do rio Doce vão participar da audiência.
A advogada Richardeny Lemke explicou ontem que este encontro com o juiz terá uma importância muito relevante nas Indenizações do Sistema Simplificado, (Novel) na medida em que vai levar uma série de questionamentos visando agilizar os processos de reparação.
“Existem muitas questões para serem levadas ao juiz, incluindo uma série de dificuldades impostas pela Fundação Renova que estão dificultando as indenizações e precisam ser resolvidas”, argumentou a advogada Richardeny, explicando que a maioria dos problemas são comuns aos territórios, “mas cada Comissão dos Atingidos terá a oportunidade de expor ao magistrado Mário de Paula suas reivindicações”.
Ata
Da reunião da advogada Richardeny Lemke com a Comissão de Baixo Guandu foi elaborada uma ata preliminar, contendo os temas mais importantes a serem levados ao juiz Mário de Paula.
Entre as reivindicações constam a inclusão de novas categorias de impactados que não estão sendo reconhecidas pela Fundação Renova, embora haja sentença judicial neste sentido; a finalização de requerimentos dos atingidos, na plataforma , sem oportunizar que eles apresentem nova documentação; a inconformidade do valor indenizatório oferecido com o que consta nos formulários das entrevistas realizadas junto aos impactados; e as inconsistências da plataforma que impedem os advogados de movimenta-la adequadamente em favor dos atingidos.
A Comissão dos Atingidos de Baixo Guandu quer ainda ampliar o prazo de adesão ao Novel, que se encerra em 30 de abril, especialmente em função da dificuldade do reconhecimento de novas categorias de impactados no Sistema Simplificado; também vai reivindicar explicações sobre vários casos de impactados que se encontram no status de “em homologação judicial”, mas não aparecem nas listas de contemplados e não há explicações da demora na finalização indenizatória.
Para a advogada Richardeny Lemke, a audiência será uma oportunidade para o juiz Mário de Paula entender as dificuldades enfrentadas pelos atingidos. “Acreditamos que este encontro com o magistrado vai trazer soluções há muito tempo aguardadas, agilizando as indenizações que carecem de uma solução definitiva”, finalizou a advogada Richardeny.
Participaram da reunião da Comissão dos Atingidos de Baixo Guandu, além da advogada Richardeny Lemke, os membros Lucilene Soares, Terezinha Guês, Rosiane de Vasconcelos Rodrigues, Daniel Lima da Silva, Ailsomar Costa, Jarleckson José da Cruz e Jonas Bragança da Silva.
No meu ponto de vista,o povo de baixo guandu,tem que regascar as mangas e ir ao trabalho p/a cidade crescer,e não dar uma de pescadores ou outra atividade que nunca foram,isso pra mim é um meio de vida pra quem nunca teve nada.