Uma saca pilada (60 kg) de café conilon, a variedade que domina a produção no Noroeste do Estado, está sendo comercializada a um preço médio de R$ 1,1 mil neste mês de maio, em plena colheita que ocorre em milhares de propriedades no Espírito Santo.
O preço é considerado o melhor dos últimos 13 anos, o que tem gerado uma certa “euforia” na cadeia produtiva, já que as cotações altas garantem um ganho maior . No ano passado, a saca do café conilon valia R$ 600 reais, e em 2024 este valor recebido pelo produtor quase dobrou.
O Espírito Santo deve produzir nesta safra de 2024, 11 milhões de sacas de café conilon e mais 4 milhões de sacas da variedade arábica. Um volume de produção formidável que gera ótimos recursos e repercute positivamente na economia dos 78 municípios capixabas.
Em Baixo Guandu
Na regiao de Baixo Guandu o café conilon é produzido nas áreas mais baixas, mas ocorre também a produção do arábica, cultivado em regiões mais altas como Alto Mutum Preto, São Pedro Frio (Colatina) e Alto Jatibocas (Itarana).
A colheita da variedade arábica está apenas começando, mas desde o final de abril o café conilon está em plena safra, com milhares de trabalhadores atuando na “panha”.
É uma cadeia produtiva que traz benefícios a todos: o trabalhador está recebendo em torno de R$ 35,00 o saco colhido de conilon, o que pode garantir uma renda média mensal em torno de até R$ 8 mil. Para o produtor a saca pilada comercializada a R$ 1,1 mil também é um excelente negócio, considerando os custos de produção.
Os altos preços do café decorrem de alguns fatores, entre eles a baixa dos estoques no mercado internacional. No caso do conilon, houve queda acentuada na produção do Vietnã (maior produtor mundial) decorrente do excesso de chuvas nas regiões produtores. E esta semana o México anunciou quebra de 30% na safra do conilon, decorrente da falta de chuvas, situação que pode pressionar ainda mais os preços no mercado internacional.