O cardeal dos Estados Unidos Robert Francis Prevost é o novo papa e escolheu o nome de Leão XIV para liderar a Igreja Católica.
A escolha do conclave por Prevost, um agostiniano progressistade 69 anos e próximo ao papa Francisco, foi anunciada nesta quinta-feira (8) pelo Vaticano, após a fumaça branca ser expelida da Capela Sistina.
O novo papa apareceu na sacada da Basílica de São Pedro depois de ser anunciado pelo cardeal Dominique Mamberti. Na sequência, ele fez seu primeiro discurso, no qual falou de paz e defendeu uma Igreja Católica missionária:
“A paz esteja com todos vocês. Esta é a primeira saudação do Cristo ressucitado. Eu também gostaria que essa saudação de paz entrasse no coração de vocês”, disse Pervost em sua primeira fala como papa Leão XIV.
O agora papa Leão XIV indicou também no discurso que dará continuidade ao trabalho de Francisco: “Queremos ser uma igreja sinodal, que avança, que busca sempre a paz, a caridade, sempre estar próxima, principalmente daqueles que sofrem”.
Prevost é também o primeiro papa da história da Igreja Católica vindo dos Estados Unidos — país majoritariamente protestante— e já se posicionou contra políticas do governo de Donadl Trump.
Sob o papado de Francisco, a Igreja Católica aumentou protagonismo na diplomacia mundial e passou a atuar na mediação de grandes conflitos, como a guerra da Rússia na Ucrânia.
Ao longo do discurso, Prevost insistiu no tema de promover a paz. Antes do conclave, o Vaticano afirmou que os cardeais votantes expressaram a intenção escolher um novo nome que desse continuidade à “muitas das reformas” promovidas pelo papa Francisco.
Nascido em Chicago, Robert Prevost construiu sua carreria eclesiástica no Peru — em seu discurso, inclusive, fez uma mensagem em espanhol agradecendo à Diocese do país latino-americano. Foi a primeira vez que um papa falou em outro idioma além do italiano no discurso inaugural.
Ele também fez menção ao antecessor em seu primeiro discurso nesta quinta. “Obrigado, papa Francisco”, disse o novo papa.
O tradicional anúncio de “habemus papam” ocorreu pouco mais de uma hora após a fumaça branca sair da chaminé da Capela Sistina, mantendo a média dos dois últimos conclaves, em 2005 e 2013, os anúncios demoraram entre 1h e 2h após o sinal.
A eleição de um novo pontífice também seguiu a tendência das duas eleições de papa anteriores, em 2005 e 2013, e ocorreu no 2º dia do conclave. Desta vez, havia a expectativa inicial de que o processo demorasse mais por conta do número de cardeais votantes — 133, contra 117 no conclave anterior.
A eleição do novo pontífice veio após duas rodadas de votação com fumaça preta, na manhã desta quinta-feira e na rodada inicial, na quarta-feira (7).
A escolha do novo papa ocorre também 17 dias após a morte de papa Francisco, por conta de um por conta de um AVC e insuficiência cardíaca em sua residência no Vaticano. Embora tenham sido episódios inesperados, ocorreram em um momento de saúde frágil de Francisco. Ele havia recebido alta após passar cinco semanas internado para tratar uma pneumonia.
Em um papado de 12 anos, Francisco promoveu reformas históricas e aproximou a Igreja de um catolicismo mais próximo aos fiéis, que são mais de 1,3 bilhão de pessoas pelo mundo mas que vêm diminuindo gradualmente.
A fumaça branca também encerra oficialmente o chamado período de Sé Vacante, em que o “trono” da Igreja Católica fica sem um líder entre a morte de um pontífice e a eleição do sucessor.
FONTE: www.g1.globo.com
Publicado em 08/05/2025