Uma das figuras muito conhecidas no processo indenizatório do Caso Samarco , o advogado J. Marques, surpreendeu no final de semana ao publicar um vídeo, em rede social, orientando os atingidos com relação à indenização de R$ 35 mil que será paga a centenas de milhares de pessoas atingidas através do Programa de Indenização Definitiva, o PID.
Até então, J. Marques vinha fazendo um apelo aos atingidos para não aceitarem a indenização de R$ 35 mil da repactuação, conclamando a todos para aguardar a sentença da ação inglesa , que deve sair até final de julho.
J. Marques passou meses em Londres enviando diariamente vídeos destinados aos atingidos, e publicados intensamente nos grupos de whatsapp, fazendo um apelo para ninguém aderir à repactuação.
Mudou de ideia
Não se sabe por que, agora J. Marques já orienta os atingidos com relação à adesão do PID, que vai pagar R$ 35 mil para um público estimado entre 300 e 500 mil pessoas ao longo da bacia do rio Doce e região estuarina afetada. Quem aderir ao PID, fica automaticamente excluído da ação inglesa.
No vídeo publicado, que surpreendeu os atingidos de modo geral, J. Marques dá orientações claras como se deve proceder para requerer o pagamento pelo PID. Segue o vídeo:
Benilde também orienta
Outro atingido pelo rompimento da barragem de Mariana e ativista engajado nos diversos processos indenizatórios, o pescador profissional Benilde Madeira também orienta os impactados para aderir à repactuação.
Benilde publicou o vídeo de J. Marques em sua rede social, e tem alertado os atingidos no sentido de aderirem ao PID e outros programas da repactuação.
“A repactuação e o PID, pelo seu grande alcance, é a última oportunidade daqueles que nunca receberam nada, finalmente ter uma reparação. Não é grande coisa os R$ 35 mil, mas é uma indenização certa, que sai de imediato e em parcela única”, afirma Benilde Madeira.
O ativista Benilde evita fazer críticas diretas à ação inglesa, deixando claro que cada atingido toma a decisão que quiser, mas lembra que a desistência da repactuação significa não receber nada, restando aguardar a sentença da Inglaterra.
“Se a sentença da Corte Inglesa não for favorável, o atingido vai perder a última chance de receber se não optar pela repactuação”, argumenta Benilde Madeira, que deixa claro mais uma vez que cada um deve tomar a decisão que achar mais conveniente.