Centenas de guanduenses que se enquadram perfeitamente na sentença da Justiça Federal, determinando indenizações aos atingidos de difícil comprovação de danos na tragédia ambiental da Samarco, podem ser prejudicados por falhas na plataforma criada pela Fundação Renova.
Mesmo tendo cadastro na Fundação dentro do prazo estabelecido pela sentença (abril de 2020) estes guanduenses não estão conseguindo, através de seus advogados, acessar a plataforma para solicitar a indenização e a preocupação é grande porque o prazo de adesão termina no dia 31 de Janeiro de 2021 – ou seja, dentro de mais 20 dias.
“É uma situação que ocorre com frequência e a Fundação Renova, mesmo solicitada diariamente, não está resolvendo estes casos. Mesmo o atingido tendo cadastro, não conseguimos inserir os dados na plataforma indenizatória, uma situação que a Renova não está resolvendo”, explicou ontem um advogado que milita com atingidos de Baixo Guandu.
A situação intriga os próprios atingidos, que ligam para o serviço do usuário da Fundação Renova, confirmam a existência do cadastro, mas os advogados não conseguem inserir seus dados no sistema indenizatório. Todos os escritórios de advogados que atuam na região, no sistema indenizatório, reclamam deste problema e alegam que não tem encontrado resposta da Fundação Renova para resolver.
Os atingidos se queixam também do fato da Fundação Renova não estar inserindo informações novas em seus cadastros, tendo em vista que os questionários realizados pelos pesquisadores , no processo cadastral, divergem das respostas inseridas. Há casos de nomes com grafia incorreta e informações inconsistentes com relação aos danos sofridos.
“É uma situação difícil, um jogo de empurra que não condiz com a seriedade propalada pela Fundação Renova”, diz a atingida G.C.S, de 45 anos, que já ligou dezenas de vezes para a Fundação mas ainda não resolveu sua situação pessoal.
“Eu tenho cadastro de 2016, mas minha advogada não consegue inserir meus dados na plataforma. A Fundação confirma pelo telefone meu cadastro, tenho a confirmação dele no portal do usuário, mas a advogada não consegue inserir meus dados na plataforma indenizatória”, relata a atingida.
Situação idêntica vive centenas de guanduenses atingidos pela tragédia ambiental da Samarco. Estão cadastrados, comprovadamente dentro do prazo (alguns até recebem o auxílio emergencial há anos), mas no portal do advogado não há como trabalhar com estes dados.
A preocupação destes atingidos é que o prazo para adesão ao sistema indenizatório termina em 31 de janeiro. Se até lá eles não conseguirem a inserção na plataforma, terão de judicializar a questão, conforme admitem os advogados.
Em Baixo Guandu a Fundação Renova já pagou indenizações a cerca de 1.500 atingidos e mais cerca de 3 mil aguardam a homologação judicial da reparação de danos. Porém permanece o impasse com aqueles prejudicados que não conseguem , via advogado, inserir os dados na plataforma indenizatória.
Eu até hoje nem apareço no cadratro olha que fiz, mas estraguei nas mãos de Deus,
Sem falar que os advogados estão cobrando 20%.sendo 10% pela renova e os outros 7 dias para pagar em mãos…