Com preços em alta em função da escassez do produto no mercado internacional, o café voltou a ser uma ótima alternativa de renda para centenas de trabalhadores guanduenses, que diariamente vão às propriedades para participar da colheita.
A colheita do café conilon começou na segunda quinzena de abril e deve prosseguir até o final do mês de junho/começo de julho. A saca pilada do conilon está valendo hoje cerca de R$ 1,100,00, valor bem superior ao ano passado, quando o mesmo café foi comercializado por cerca de 600,00 a saca de 60 quilos.
Renda
O preço pago pelos donos de propriedades rurais no entorno de Baixo Guandu gira hoje em torno de R$ 30,00 o saco, nas lavouras mais carregadas, e chega a R$ 40 reais nas plantações com menos grãos.
“Eu estou trabalhando na colheita desde o mês passado e tenho tirado R$ 1.500 por semana, trabalhando de segunda a sexta-feira”, explicou ontem o trabalhador Messias Mendes, que mora no bairro São Vicente. “Nas lavouras boas dá pra colher bem 10 sacos por dia, o que garante 300 reais e 1.500 na semana”, explicou ele, que sai às 5 da manhã de casa e retorna por volta das 17 horas.
Calcula-se que mais de 500 trabalhadores residentes em Baixo Guandu estão trabalhando atualmente na colheita do café. A grande maioria no café conilon, cujas lavouras estão espalhadas em dezenas de propriedades espalhadas especialmente na região do Lage, Dois Irmãos, Sete Voltas, Laranjal, Bananal, km 14 e Alto Mutum Preto.
“O que não falta é lugar para trabalhar, tem muito café pra colher e muitas vezes falta mão de obra”, explicou ontem um produtor rural, informando que na região de Baixo Guandu é comum a presença de trabalhadores vindos de Minas Gerais e até da Bahia, todos interessados por ganhar um bom dinheiro em função dos bons preços do café no mercado.