Depois de filiado por mais de 10 anos ao PC do B, o ex-prefeito de Baixo Guandu Neto Barros confirmou a saída do partido e só aguarda uma conversa com o governador Renato Casagrande, para definir em qual agremiação vai se filiar, já de olho na eleição de 2024.
Declaradamente pré-candidato a prefeito de Baixo Guandu em 2024, cargo que já ocupou por dois mandatos de sucesso (2013/2020), Neto Barros já iniciou uma rodada de conversas com vários partidos, mas só tomará uma decisão depois de consultar o governador Casagrande, com quem mantém uma forte afinidade – ocupa inclusive o cargo de subsecretário de Ciência e Tecnologia.
Em Baixo Guandu, o meio político aposta na possibilidade de Neto Barros sacramentar a filiação ao MDB, que tem hoje o vice -governador Ricardo Ferraço na presidência estadual. Por coincidência o pai de Neto Barros, o ex-prefeito Chico Barros, desenvolveu praticamente toda a trajetória política filiado ao MDB.
Conversas
A possibilidade da filiação de Neto ao MDB ganha força pela boa convivência recente do ex-prefeito com o partido em Baixo Guandu. O presidente do diretório local, Hércules de Souza, tem mantido “um excelente diálogo” com o ex-prefeito, confirmando uma aproximação depois de vários anos de afastamento. Hércules admite que as diferenças de Neto Barros com o MDB local estão superadas.
Neto Barros chegou a postar ontem, em rede social, foto de um café da manhã com duas lideranças do Republicanos, o ex-deputado Erick Musso e o atual deputado Hudson Leal.
Em entrevista a um jornal da capital, admitiu também diálogo com o PDT, PV, Agir, Democracia Cristã, PRD, União Brasil e MDB, mas acentuando que só tomará uma decisão após conversar com o governador Casagrande.
Em Baixo Guandu Neto Barros pretende formar uma “frente ampla” na eleição de 2024 e diz que está disposto a dialogar com todos aqueles que enxergaram “o desastre” da gestão municipal atual. Neto deve enfrentar em 2024 o atual prefeito Lastênio Cardoso, que é pré-candidato à reeleição, mas notadamente desenvolve uma gestão recheada de críticas, com pouquíssimas entregas já na reta final de mandato.