A interferência do padre Luizmar e de pessoas a ele ligadas na eleição da nova diretoria do Círculo Operário, realizada ontem (13 de fevereiro), está dividindo opiniões em Baixo Guandu.
O padre usou a missa do último domingo (veja o vídeo no final da matéria) para fazer campanha em favor da chapa 2, de oposição à atual diretoria, mas a atitude não trouxe o resultado esperado.
A chapa 2, apoiada pelo padre e por setores da Igreja Católica, acabou derrotada por 67 votos contra 65, num resultado que surpreendeu muita gente e provocou uma forte frustração dos apoiadores.
O clima dentro da própria Igreja é de muito constrangimento, tendo em vista que muitos fiéis condenam a interferência no processo eleitoral de uma entidade como o Círculo Operário.
“A Igreja, representada pelo padre, não deveria ter tomado partido na escolha da diretoria do Círculo Operário. Fui à missa e não gostei da campanha feita dentro da matriz de São Pedro e o resultado está aí, uma derrota de quem não tinha que se meter no processo”, explicou ontem um fiel católico.” Tomara que aprenderam a lição, esta interferência não é missão da Igreja”, completou.
O padre na missa de domingo lembrou que o Círculo Operário foi fundado pelo padre Alonso e que era hora de mudar a atual diretoria, porém nem sua fala e a campanha realizada de forma pessoal surtiram o efeito esperado.
O padre Alonso, a bem da verdade, foi um dos fundadores do Círculo Operário em 1956, mas com apoio de lideranças políticas como o ex-prefeito Chiquito Ramaldes e lideranças das classes trabalhadoras da cidade.
A presidência do Círculo Operário, a contragosto do padre Luizmar e de um grupo dentro da Igreja, continuará com a atual presidente, Jandira Capriche, para um mandato até 2023.
Veja no vídeo a posição do padre Luizmar no processo eleitoral do Círculo Operário:
E o Padre se queimou.
E o Padre se queimou.