Na tarde desta sexta-feira (17), a Assessoria Técnica Independente (ATI) da Associação de Desenvolvimento Agrícola Interestadual (Adai), eleita para trabalhar com e pelos atingidos e atingidas por barragem no Espírito Santo, será apresentada em sessão plenária na Assembleia Legislativa do estado do Espírito Santo. O momento é organizado pela Comissão Externa de Fiscalização dos Rompimentos de Barragens/Acompanhamento Reparação Mariana e Brumadinho.
Lidiene Cardoso, coordenadora institucional da ADAI, acredita que este encontro é um marco. “A ADAI foi convidada pela organização da audiência pública para se fazer presente com toda equipe técnica atualmente contratada, juntamente com as famílias atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão. Este será um marco na implementação da assessoria, pois será um momento de encontro com as mãos que construíram essa conquista da assessoria dos atingidos e atingidas. Portanto, estaremos nesta solenidade, que consiste em uma celebração desta vitória, e é também uma reafirmação do compromisso da entidade com a luta das populações atingidas”, destaca.
Cabe ressaltar que a ATI da Adai é composta por mais de uma centena de técnicos e técnicas de diferentes áreas, como: jurídica, saúde, comunicação, pedagógica, entre outras, que caminharão junto à população atingida nos territórios do vale do Rio Doce e litoral do ES.
A equipe tem como missão auxiliar no processo de participação das pessoas atingidas no processo de reparação das graves consequências econômicas, sociais e ambientais causadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Minas Gerais, em 2015.
Para o coordenador do território de Baixo Guandu Franklin Santos, a assessoria técnica chega tardiamente ao estado e com equipe reduzida diante das necessidades já levantadas em cada município contemplado, mas ainda assim é uma vitória dos atingidos e atingidas.
“A chegada da ATI aos territórios é o passo que materializa o direito das pessoas de participar, acompanhar e avaliar a execução da reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem. Sabemos que as comunidades estão muito cansadas, o que por vezes pode gerar a desmobilização e descrença do processo. No entanto, a ATI vai contribuir para a volta da mobilização das pessoas e, a partir da qualidade técnica disponibilizada à elas, facilitar a construção de entendimentos e decisões. A apresentação feita na Assembleia é um marco na luta das pessoas atingidas. É a demonstração pública, para todas as entidades que podem incidir no processo de reparação, que a partir de agora há um novo momento de participação coletiva na definição de propostas”, afirma.
A conquista do direito a uma Assessoria Técnica Independente para apoiar as pessoas atingidas na busca por reparação justa e integral é o resultado de muitas lutas ao longo desses últimos sete anos.
Destaca-se que a apresentação da assessoria acontece na semana do dia Internacional de Lutas contra as Barragens, 14 de março, momento de fortalecer os territórios através de estratégias e reivindicações políticas de segurança e reparação de direitos violados por grandes empreendimentos de barragens no Brasil.
A Adai chega ao Espírito Santo com a missão de auxiliar no processo de reparação das graves consequências econômicas, sociais e ambientais causadas pelo rompimento da barragem de Mariana.
Serviço:
Apresentação da Assessoria Técnica Independente dos Atingidos e Atingidas por barragem
Data: Sexta-feira (17).
Horário: 15 horas.
Local: Assembleia Legislativa do ES – Plenária Dirceu Cardoso.
Com informações da Equipe de Comunicação da Adai: comunicacao@adaibrasil.org
Uma das coisas que não consigo entender de maneira nenhuma. É, como poder uma empresa do tamanho da samarco fazer uma estrago tão grande, bagunça com as nossas vidas, impactar todo nosso convívio social e ainda ter autonomia de nós enganar, iludir e máscara toda a verdade. Por que temos que passar como mentirosos nos danos sofridos pela Lama da Samarco de 2015 até sabe Deus quando isso vai acabar??
A pergunta que mim intriga é a seguinte: onde está a verdade?? O que tem por trás disto tudo que não conseguem chegar a via de fato??
Por que temos que esperar e padecer por uma situação que levar a omissão da nossa realidade??
Onde anda às pessoas letradas e estudiosos que sabem dos nossos direitos, porém não chegam a verdade??
Se cada atingido sofreu um ou mais danos, porque demorar tanto para chegar ao veredito final??
Um braço do rio doce passa praticamente na porta da minha casa, famos atingidos diretamente com a Lama. Perdemos nossa moral diante deste desastre, perdemos nossas rendas, ficamos de fora de muitos direitos e deveres. Por que temos que nos calar e receber só aquilo que a Fundação Renova nos induzem a receber??
Vem projetos, vem comissões e vão se criando outros meios de se beneficiarem mais, esquecem do nosso maior e principal objetivo que é o compromisso com a vida, com a saúde e com o bem estar das nossas comunidades que sofrem e estão sofrendo com o impacto desta Lama. Transtornos psicológico são os que mais nos afeta, juntamente com ostranstornos financeiros. Tipo eu tinha minha empresa de salgadinhos, trabalhava na alimentação dos meus clientes, tinha uma horta e tudo isso foi se perdendo devido de não saber como lidar com a situação Lama que impactou toda a vida da minha comunidade deste de 2015 pra que fica estaa confusão mental, se volto ou não a trabalhar com os meus produtos, que comercializo na minha comunidade. Então nós precisamos de um suporte que nos faz voltar a ter a nossa renda de voltar, psicologicamente, emocionalmente e financeiramente.
Sou moradora da comunidade de Vila do Riacho deste de 1989.
Então são perguntas que não encontro respostas para elas.
JOSELHA MARIA LOPES DE FREITAS.
E inacreditável constatar que os danos causados à população ainda não foram mitigados.absurdo,pois a legislação ambiental brasileira garante o ressarcimento.