Durante cerca de 60 dias, nos primeiros meses deste ano, o guanduense Luiz Fernando de Arruda, de 32 anos, ficou famoso na cidade ao aparecer nas redes sociais com um bordão interessante: “Não dá nada”.
Pescador desde criança, Fernando, como é mais conhecido, recebeu R$ 71 mil líquidos de indenização via Fundação Renova e viveu durante pouco mais de 30 dias uma vida de rei: churrascada diária com os amigos, muita bebida e comida, passeios de uma moto comprada com a indenização e aquisição de passarinhos de primeira linha – uma grande paixão da vida dele.
“Eu experimentei mesmo uma vida de rei e não me arrependo nem um pouquinho. Um dia todo mundo vai morrer né, e eu queria me divertir” afirma Fernando de Arruda, que já está se preparando para voltar a vender picolé pelas ruas de Baixo Guandu, ofício que lhe garantia o sustento. “Só estou esperando esquentar um pouquinho, neste frio vender picolé é difícil”, afirma Fernando, que acrescenta não sentir vergonha de voltar ao velho ofício.
Mas como Fernando conseguiu com pouco mais de 30 dias gastar R$ 71 mil? Ele não se esquiva em responder: “Era churrascada todo dia, a noite toda, com muita bebida e som de qualidade. Enchi a casa com meus amigos e festejamos demais. Comprei também uma moto, que já vendi, o celular também já vendi e adquiri uns passarinhos caros, que são minha paixão. Não tenho mais nada”, relata Fernando.
Durante os pouco mais de 30 dias de festa e gastança, Fernando aparecia diariamente em vídeos nas redes sociais e , bem humorado, soltava para a câmera o bordão: “Não dá nada”, sempre com uma cerveja na mão. Ele mesmo inventou a frase que ficou famosa e nem sabe o significado. “Só sei que não dá nada e nem deu. Tô aqui, sem dinheiro, mas feliz”, diz.
Fernando aguarda agora uma restituição de R$ 5 mil de Imposto de Renda, segundo ele, para recomeçar a vida em companhia da esposa e de uma filha pequena, morando na mesma casa no bairro Sapucaia. “Vou vender meus picolés sem tristeza, não me arrependo de nada. Dinheiro não é tudo na vida e gastei mesmo. Vivi uns 30 dias de muita festa. E não dá nada”, finaliza Fernando de Arruda.
No caso do vendedor de picolés, fica a lição quem não pensa em progredir, não sabe poupar.
Quanto `a Samarco ou Renova, boa a decisão de prorrogação do prazo. Sorte aos próximos a serem indenizados.
Esse “não da nada” ou “não da nada pra nós ” e popular aq em BH. Então tecnicamente, não foi ele quem inventou.
Ele fez ó que gosta de fazer quem somos nós para jugar ele se isso vez ele feliz tudo bem.
Igual a este cidadão deve ter muitos outros que não esta nem aí com aqueles que realmente perderam tudo e que ainda nem conseguiram ser ressarcidos dos prejuízos…falta fiscalização séria por parte da Samarco isso é um tapa na cara e um descaso…deviam exigir a devolução deste dinheiro… muito vergonhoso
Vcs devia tirar essa matéria porque pra ajudar não aparece ninguém, agora pra criticar são muitos tenho certeza que se ele tivesse amigos de verdade tinha insetivado ele a nao gastar, agora os amigos dele estão zuando dele, acho muito errado isso,
Vcs sabia que isso é expor a pessoa, e cabe até processos