O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o Projeto de Lei aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, que incluía 81 municípios de Minas Gerais e mais quatro do Espírito Santo na área de atuação da Sudene.
Entre estes municípios está Aimorés, cujo sonho está agora temporariamente adiado, mas a situação pode ser revertida pelo próprio Congresso Nacional, que deve apreciar nos próximos dias o veto do presidente Bolsonaro.
O prefeito de Aimorés Marcelo Fubá lamentou o veto do presidente ao projeto, lembrando que a inclusão do município na área da Sudene é um sonho antigo e significaria um marco no desenvolvimento local.
“Nós recebemos o veto do presidente com tristeza, mas confiamos na articulação de toda a bancada federal mineira para reverter esta situação. O veto pode ser derrubado e tanto Aimorés quanto as demais cidades do nosso vale do rio Doce poderão integrar definitivamente a área da Sudene”, disse o prefeito Marcelo Fubá.
Ao vetar o projeto, o presidente Jair Bolsonaro alegou vícios de inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público, porém é grande a chance de ser mantida a decisão dos deputados e senadores. Basta que eles derrubem o veto do presidente Bolsonaro.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, classificou a decisão como “alheia à realidade das cidades brasileiras” e externou o compromisso na busca da derrubada do veto presidencial, publicado na edição desta quarta-feira (23), do Diário Oficial da União (DOU). Ele disse que a decisão do presidente priva os moradores de áreas mais carentes do país do acesso a recursos importantes para acelerar o desenvolvimento econômico e social das localidades.
“Lamento que o Ministério da Economia, alheio à realidade das cidades brasileiras e com a costumeira insensibilidade social, tenha criado obstáculos técnicos inexistentes para levar o presidente da República, Jair Bolsonaro, a vetar um dos principais projetos de desenvolvimento de Minas Gerais, a inclusão justa de municípios na área da Sudene. Uma grande frustração aos mineiros. Continuarei, junto com toda a bancada mineira, trabalhando para viabilizar o projeto”, ressaltou Pacheco.
Cidades que fazem parte do projeto
As cidades mineiras que fazem porte do projeto para serem incluídas na área da Sudene são: Açucena, Água Boa, Aimorés, Alpercata, Alvarenga, Bonfinópolis de Minas, Braúnas, Cantagalo, Capitão Andrade, Carmésia, Central de Minas, Coluna, Conselheiro Pena, Coroaci, Cuparaque, Divino das Laranjeiras, Divinolândia de Minas, Dom Bosco, Dores de Guanhães, Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho, Frei Inocêncio, Frei Lagonegro, Galiléia, Goiabeira, Gonzaga, Governador Valadares, Guanhães, Imbé de Minas, Inhapim, Itabirinha, Itanhomi, Itueta, Jampruca, José Raydan, Mantena, Marilac, Materlândia, Mathias Lobato, Mendes Pimentel, Mutum, Nacip Raydan, Naque, Natalândia, Nova Belém, Nova Módica, Paulistas, Peçanha, Periquito, Piedade de Caratinga, Resplendor, Sabinópolis, Santa Bárbara do Leste, Santa Efigênia de Minas, Santa Maria do Suaçuí, Santa Rita de Minas, Santa Rita do Itueto, Santo Antônio do Itambé, São Domingos das Dores, São Félix de Minas, São Geraldo da Piedade, São Geraldo do Baixio, São João do Manteninha, São João Evangelista, São José da Safira, São José do Divino, São José do Jacuri, São Pedro do Suaçuí, São Sebastião do Anta, São Sebastião do Maranhão, Sardoá, Senhora do Porto, Serra Azul de Minas, Sobrália, Taparuba, Tarumirim, Tumiritinga, Ubaporanga, Uruana de Minas, Virginópolis e Virgolândia.
Do Espírito Santo, o projeto contempla os municípios de Itarana, Itaguaçu, Governador Lindenberg e Aracruz.