A Comissão dos Atingidos da cidade de Aimorés divulgou nota pública, após reunião por videoconferência com a Justiça Federal, informando que espera para “tempo breve” a extensão da sentença que determinou indenizações aos casos de difícil comprovação de danos da tragédia ambiental da Samarco, ocorrida em 2015.
A sentença do juiz federal Mário de Paula Franco Júnior aconteceu em julho de 2020, beneficiando inicialmente moradores atingidos de Baixo Guandu e Naque (MG), sendo estendida posteriormente a várias cidades capixabas (como Colatina, Linhares, Conceição da Barra) e mineiras como Itueta e alguns distritos no alto Rio Doce.
Aimorés espera com ansiedade a determinação da Justiça Federal para as indenizações serem estendidas ao município, que foi um dos mais atingidos ao longo do rio Doce pela lama da Samarco.
Desde setembro de 2020, mais de 5 mil atingidos pela tragédia ambiental já foram indenizados pela Fundação Renova, em valores entre R$ 23 mil e R$ 90 mil. A maioria deles é de Baixo Guandu, onde mais de 2 mil já foram indenizados e mais cerca de 3 mil requerentes aguardam homologação do acordo indenizatório.
A sentença da Justiça Federal determinou indenizações aos casos de difícil comprovação de danos, como lavadeiras, areeiros, artesãos, pescadores de subsistência, agricultores e comerciantes da cadeia de pesca. Podem se habilitar à indenização todos aqueles que fizeram cadastro na Fundação Renova até abril de 2020.
A estimativa inicial é que cerca de 2.500 pessoas residentes em Aimorés tenham direito à indenização da Fundação Renova.
A nota pública da Comissão dos Atingidos (abaixo) dá esperança que a extensão da sentença da Justiça Federal aconteça breve para Aimorés.
“Talvez ainda no final de janeiro ou início de fevereiro, poderemos ter a notícia esperada para os atingidos de Aimorés”, explicou ontem uma fonte que participou da videoconferência com a Justiça Federal.
A NOTA
A nota pública da Comissão dos Atingidos diz o seguinte: