O advogado inscrito na OAB-MG Eduardo Santos Simões de Almeida, que ameaçou advogados capixabas no último sábado, em Guarapari, ao captar irregularmente clientes do Caso Samarco, está sofrendo as consequências dos seus atos, incompatíveis com o exercício da advocacia.
Ontem ele teve o registro suspenso pela OAB MG preventivamente, por 90 dias, e ainda teve que pagar uma fiança de R$ 20 mil para deixar o sistema prisional capixaba.
O caso repercutiu na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, onde a Frente Parlamentar da Advocacia se posicionou publicando uma nota de repúdio, lamentando a atitude do advogado inscrito na OAB-MG.
Toda esta confusão aconteceu no sábado, em Guarapari, quando o advogado Eduardo Santos Simões, de 34 anos, captava irregularmente clientes do conhecido Caso Samarco, naquela cidade. Abordado por advogados da subseção de Guarapari, Eduardo confrontou e fez ameaças, repetindo as ameaças frente a frente com a presidente da OAB do ES, Érica Neves.
Nota
Segue a nota de repúdio divulgada ontem pela Frente Frente Parlamentar da Advocacia da Assembleia Legislativa, publicada ontem:
A Frente Parlamentar da Advocacia, da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, acompanha com preocupação o episódio ocorrido em Guarapari no último sábado (10), quando um advogado de Minas Gerais, sem inscrição no Espírito Santo, foi flagrado pelos representantes da OAB-ES em trabalho de captação irregular de clientes fora de seu território de atuação.
Preocupa-nos a atitude, supostamente, irregular e ilegal; preocupa-nos as circunstâncias da abordagem e possíveis danos a pessoas atingidas pelo desastre da Samarco; e preocupa-nos, ainda mais, o fato de este profissional ter-se ofendido a honra da presidente da subsecção da Ordem em Guarapari e afrontado a própria presidente estadual da OAB-ES.
A Frente Parlamentar da Advocacia levará aos seus demais membros a proposta de convocar esse profissional para prestar esclarecimentos, bem como a investigação de seus atos irregulares e a possibilidade de essa ação profissional causar danos a pessoas, dentre elas muitas em situação de vulnerabilidade social.
Defendemos as prerrogativas profissionais, a valorização da classe, e não podemos ficar inertes diante de fato tão grave, conforme fartamente noticiado pela imprensa e compartilhado nas redes sociais.
Deputado Mazinho dos Anjos
Presidente da FP da Advocacia