O governador Renato Casagrande anunciou no início da tarde desta terça-feira (17) que o Espírito Santo vai adotar restrições no uso de água para os grandes setores devido à falta de chuva no Estado. A informação sobre a necessidade da medida já havia sido antecipada em uma entrevista à Rádio CBN Vitória concedida pelo diretor-presidente da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), Fábio Ahnert.
Agora com a informação que o Estado vai adotar a restrição, a Resolução de Alerta será publicada no Diário Oficial na quarta-feira (18). Casagrande já havia decretado situação de emergência devido ao aumento do número de queimadas.
De acordo com Casagrande, os rios que cortam o Estado estão em níveis mínimos e a medida visa evitar “maiores problemas com a falta de água”, valendo inicialmente para os grandes setores como indústrias e agricultura. Apesar da seca, não há indicação para racionamento de água para a população, ou seja, ainda não há ordem para que as pessoas deixem de usar água em algum horário do dia — embora seja importante o uso consciente.
Em entrevista à jornalista Fernanda Queiroz, da Rádio CBN Vitória, o diretor-presidente da Agerh afirmou que Estado vive uma “nova realidade” e tem convivido com um volume cada vez menor de chuva — já são aproximadamente 90 dias sem volume significativo de precipitações.
Na entrevista, Fábio informou que as instituições ligadas ao Governo do Estado estudavam a porcentagem de restrição de uso de água para cada setor. No ano passado, por exemplo, a redução variou entre 20% e 30%. Os índices que valerão a partir de agora serão divulgadas no Diário Oficial na quarta-feira (18).
Ainda segundo Ahnert, o que chama atenção é o período do ano em que a seca tem se agravado. Segundo ele, a falta de chuva, com baixa umidade do ar e temperaturas mais altas é um conjunto de condições esperado apenas para o fim do ano, depois do mês de setembro.
Além da seca, queimadas
Se não bastasse a falta de chuva, o Estado tem convivido com o aumento das queimadas. De acordo com números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foram registrados, até segunda-feira (16), 526 focos de incêndio. O número é maior que o dobro (171%) do registrado no mesmo período do ano passado.
FONTE: www.agazeta.com.br