Considerado “o melhor prefeito da história de Baixo Guandu”, cargo que exerceu por 14 anos em 3 mandatos, Chico Barros fez ontem à noite uma surpresa ao grupo político que apóia a pré-candidatura de Neto Barros, aparecendo numa reunião que era realizada na Casa11, do Partido Progressistas.
Chico Barros foi recebido na Casa11 com entusiasmo, surpreendendo as 250 pessoas que já haviam iniciado a reunião. Foi chamado à mesa e num discurso de aproximadamente 20 minutos, defendeu a pré-candidatura do filho Neto a prefeito.
“Baixo Guandu merece respeito e não esta gestão desastrosa que aí está, que ficou inerte durante 3 anos e meio e agora quer mostrar serviço com obras eleitoreiras, querendo enganar o povo”, disse Chico Barros.
8 anos depois
A última vez que Chico Barros falou em público tinha sido em 2016, no encerramento da campanha de Neto Barros à reeleição. Oito anos depois, retornou ontem bem disposto, sorridente e aparentando estar muito bem de saúde, dois meses antes de completar 86 anos.
Nos últimos anos Chico Barros enfrentou um câncer de pulmão, fazendo um tratamento bastante doloroso, com quimioterapia e radioterapia. Neste período difícil não escondeu nada da população, mostrando nas próprias redes sociais as etapas do tratamento, incluindo a perda dos cabelos brancos – que já cresceram novamente.
Atualmente o câncer está sob controle e Chico Barros aparenta estar muito bem. Vestindo uma camisa amarela e apoiado numa discreta bengala, caminhou sem problemas na Casa11, tirou muitas fotos com apoiadores da pré-candidatura do filho Neto Barros e parecia muito feliz por estar de volta ao mundo político.
Chico Barros foi vereador, presidente da Câmara Municipal, se elegeu prefeito em 1982, reelegendo-se em 1992 e 2000. Os três mandatos, somando 14 anos (o primeiro foi de 6 anos), foram marcados por uma forte mudança na estrutura política de Baixo Guandu, com a introdução da chamada “participação popular” na gestão pública do município. Chico foi também deputado estadual (eleito em 1990) e secretário de Estado no governo Max Mauro.