Os atingidos pelo rompimento da barragem de Mariana, no maior desastre ambiental da história do país, ocorrido em 2015, estão ansiosos pelo julgamento da ação reparatória que corre na justiça da Inglaterra, que pede uma indenização de R$ 230 bilhões a 700 mil atingidos em toda bacia do rio Doce e região litorânea afetada.
O julgamento começa dentro de mais 100 dias (7 de outubro) e deve durar 14 semanas, com expectativa de uma decisão no começo de 2025, próximo de completar 10 anos da tragédia ambiental que originou o “Caso Samarco”.
Quem representa os 700 mil inscritos na ação da Inglaterra é o escritório internacional de advocacia Pogust Goodhead, que já estimou uma indenização individual em torno de R$ 120 mil a cada inscrito. Porém este valor cresce muito quando se trata de Prefeituras, entidades diversas e empresas.
Nota
Ontem o Pogust Goodhead divulgou uma nota oficial falando sobre a ação inglesa , numa clima de otimismo com relação a uma vitória para os atingidos. Segue a nota:
Faltam 100 dias para o início do julgamento de mérito do Caso Inglês Mariana, agendado para o dia 7 de outubro de 2024, em Londres. Essa data é um marco na busca por responsabilização e justiça para os 700 mil atingidos que participam da ação e aguardam incansavelmente por reparação há quase 9 anos.
O rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco, uma joint-venture entre as mineradoras BHP Billiton e Vale, é o maior desastre ambiental do país.
A enxurrada de lama de minérios ceifou 19 vidas, devastou comunidades inteiras e deixou um rastro de destruição ao longo da Bacia do Rio Doce, causando danos ambientais irreparáveis e deixando milhares de pessoas desabrigadas.
Povos indígenas e quilombolas tiveram suas fontes de subsistência, manifestações religiosas e culturais alteradas para sempre.
Com duração prevista de 14 semanas, o julgamento de mérito promete ser um processo intenso e crucial para definir as responsabilidades e assegurar que as vítimas recebam a devida compensação pelos danos sofridos. A expectativa é alta, pois esse julgamento também pode estabelecer precedentes importantes para casos futuros de desastres ambientais.
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