Uma foto aérea feita pelo médico Marjo Lemos, praticante do esporte de voo livre parapente, mostra em detalhes como a construção da Usina Hidrelétrica de Aimorés, concluída em 2006, mudou a paisagem do perímetro urbano das cidades de Baixo Guandu (ES) e de Aimorés (MG).
O maior impacto visual da construção da Usina diz respeito diretamente ao rio doce, que em todo o perímetro urbano de Aimorés e em parte de Baixo Guandu, teve a vazão reduzida em torno de 70%.
A explicação para esta mudança de visual é simples: a água que durante séculos passava pelas cidades de Aimorés e Baixo Guandu foi quase toda desviada em direção a um “canal de adução”, a partir da barragem localizada acima de Aimorés num percurso de 11 kms, para desembocar numa “casa de força” que gera a energia e está localizada já no perímetro urbano de Baixo Guandu, mas do lado Sul do rio doce, em território de Minas Gerais.
Em todo perímetro urbano de Aimorés, o rio Doce praticamente desaparece em períodos de estiagem, correndo apenas um filete d’água entre as pedras.
Já em Baixo Guandu, conforme se vê na foto abaixo, a chamada “vazão reduzida” reencontra as águas do rio Doce depois da edificação chamada “casa de força”.
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Houve inversão de posição no que tange à localização da casa de força no informe, sendo que a mesma situa-se no lado norte do Rio Doce, e em território mineiro, conforme pode-se verificar no mapa. A cidade de Baixo Guandu, ES, perímetro urbano, situa-se na margem sul do rio em questão, ou seja, atravessando o rio (ponte) no sentido norte, você estará no estado de Minas Gerais. Interessante, né messs?! 😊
Que ano foi feita a represa
Na verdade que vemos hoje em toda a extensão da cidade de Aimorés (águas do rio doce) é o total descaso do poder público quando da construção da usina hidrelétrica, onde naquela propositura se fazia obrigação da construção de um espelho d’água. Infelizmente o que vemos hoje são imagens reais de milhares poças de águas represadas, verdeiros criadouros de mosquitos nocivos a saúde humana. Entendo que a população deveria exigir das autoridades competentes ações na justiça para que medidas saneadoras fossem promovidas pelos responsáveis da usina. Entendo também, que enquanto durar os efeitos dessas ações, a Empresa teria a obrigação de a cada 15 dias promover a abertura parcial de alguma comporta para fins de limpeza dessas águas represadas e contaminadas a bem da população.
Que justiça tem nesse país? Tem um bando de corruptos e na verdade está se fortalecendo uma organização criminosa deste país igualmente as que se vê em filmes na vida real, os políticos fortalecendo bandidos e traficantes de drogas e o judiciário usando as brechas das leis de propósito pra beneficiar alguns e ao mesmo tempo pegar as partes deles em dinheiro e por aí vai…e o povo calados e acusados cagando de medo desses malditos judiciário corruptos
Creio eu que embora haja prós e contras sobre a construção da barragem acima de Aimorés eu vejo que houve uma importância significativa nessa barragem de uns anos para cá. Penso eu que tanto Aimorés como Baixo Guandu foram beneficiadas no intuito de ter sido evitada um tragédia ambiental em 2013 e outras grandes cheias desse período pra cá. Como a matéria cita acima 70% da água foi desviada para casa de força e em razão disso vejo o grande livramento que muitos talvez não tenham percebido ao passar dos anos. Acredito… claro primeiramente Deus, mas se não fosse pela barragem e o trabalho que foi feita na abertura e fechamento das comportas as nossas cidades abaixo da barragem teriam sofrido inundações semelhantes ou piores que 1979.
Esse espelho d’água foi a promessa de quem assumiu a construção dessa barragem. Isso simplesmente nunca aconteceu. Falta de vontade de uns tantos que têm o poder de decidir sobre o que pode e o que não pode para o bem de um povo.
Muito importante essa matéria, aproveito para informar que nós, povo de Aimorés nunca aceitamos essa situação, portanto, estamos trazendo no próximo dia 5 com apoio do Prefeito Marcelo, uma equipe da UFLA para fazer um estudo sobre a construção de um espelho d’agua em frente a cidade de Aimorés e esvaziar a falha geológica existente em frente a cidade criando uma opção para turismo nas temporadas de estiagem.