Depois de um 2023 com chuvas muito abaixo do normal, situação que prejudicou muito as atividades na agricultura e na pecuária, Baixo Guandu e região começaram 2024 com boas chuvas.
Nos primeiros 10 dias de janeiro, choveu 139mm na sede de Baixo Guandu, enquanto em todo o ano de 2023 foram registrados apenas 600mm. A média normal histórica de chuvas no município fica em torno de 910mm, ou seja, somente no ano passado houve um déficit hídrico de aproximadamente 300mm em Baixo Guandu.
Para os próximos 7 dias, a previsão do Climatempo é de muito sol em praticamente todo o Espírito Santo, mas as indicações dos institutos de meteorologia dão conta de que as chuvas voltam com força depois de 20 de Janeiro. Para Baixo Guandu a previsão é de mais 80 a 100 mm de chuva ainda em janeiro; se mais estas chuvas forem confirmadas, o mês fecha com precipitações acima da média.
Alegria e transtornos
As chuvas de janeiro trouxeram alegria ao meio rural, que com a seca do ano passado sofreu prejuízos bem fortes, especialmente com as pastagens prejudicadas pela falta de chuva. Nos últimos 3 meses de 2023, a chuva ficou muito abaixo do normal em Baixo Guandu, situação idêntica ao que ocorreu em todo o Espírito Santo, que teve vários alertas sobre esta situação e até racionamento de água para consumo doméstico.
Mas janeiro chegou com chuva, que aliviou toda esta situação após 139mm de precipitações (caso da sede de Baixo Guandu). Porém a chuva também traz preocupações, com estradas que pioram as condições de tráfego no interior e transtornos na sede, com alagamentos em vários bairros.
“O córrego Bananal estava praticamente seco desde setembro e agora tem água à vontade”, explicou ontem um produtor rural daquela região que toda semana traz produtos para venda na feirinha. “Mas felizmente a chuva voltou e nós que lidamos com roça ficamos mais tranquilos”, completou.
A estiagem de 2023 é creditada ao fenômeno El Nino, que aquece as águas do oceano pacífico e provoca alterações no regime de precipitações em todo Brasil. O El Nino aumenta a chuva no Sul do Brasil e diminuiu em áreas do Sudeste, Nordeste e na região amazônica. O fenômeno vai continuar atuando em 2024 pelo menos até o mês de abril, segundo estudos dos meteorologistas.