Responsável pela ação na Justiça Inglesa que pede R$ 230 bilhões em indenizações, decorrentes no Caso Samarco, o escritório internacional de advocacia Pogust Goodhead publicou nota ontem, dia que se completou 8 anos da tragédia ambiental, reiterando sua disposição de luta em favor dos atingidos.
“Continuamos firmes na luta por justiça pelos atingidos”, lembra um trecho da nota da Pogust Goodhead, lembrando que centenas de profissionais da empresa estão envolvidos na questão.” Nós não vamos nos intimidar. Pelo contrário, temos mais garra do que nunca para conseguirmos os resultados que estamos buscando”, conclui a nota.
Mais de 700 mil
O Pogust Goodhead está desde 2018 envolvido com o processo na Corte Inglesa. O julgamento da ação, que envolve aproximadamente 720 mil pessoas, entidades, igrejas, comunidades, empresas e Prefeituras, já está marcado para outubro de 2024.
O advogado Thomas Goodhead, fez visita recente a Baixo Guandu, conseguindo reunir grande número de pessoas da região no Ginásio de Esportes. Na ocasião ele respondeu , usando uma intérprete, uma série de questionamentos sobre o processo que corre na Inglaterra e que terá, no máximo em um ano, um desfecho .
Nas últimas semanas cresceram as especulações dando conta que o Pogust Goodhead estaria dialogando com a Vale e a BHP, em busca de um consenso indenizatório para evitar que a Justiça Inglesa produza uma sentença no processo. O próprio advogado Thomas já admitiu esta possibilidade.
Uma decisão do TRF 6, no entanto, da semana passada, pode atrasar o entendimento da Pogust com a Vale e a BHP. O desembargador Ricardo Machado Rabelo decidiu não reconhecer a área litorânea capixaba como impactada pelo Caso Samarco, pedindo a realização de nova perícia neste sentido.
Milhares de clientes da Pogust Goodhead na ação Inglesa, são residentes exatamente na região litorânea. O Governo do Espírito Santo já anunciou que vai recorrer da decisão do TRF 6, alegando que há provas incontestáveis dos impactos da lama da Samarco na região litorânea.