O rompimento da barragem de Mariana, em 2015, que gerou o “Caso Samarco”, provocou danos ambientais enormes em toda a bacia do rio Doce e região estuarina, mas também trouxe consequências para a economia da região.
Nas cidades de Baixo Guandu e Aimorés, exatamente na divisa do Espírito Santo com Minas Gerais, o desastre ambiental acabou aquecendo fortemente a economia da região, graças ao pagamento bilionário de reparações decorrentes do Sistema Simplificado de Indenizações (Novel), implantado em julho de 2020 pela Justiça Federal, em sentença decorrente de ação impetrada pela Comissão de Atingidos de Baixo Guandu.
Oficialmente, em Baixo Guandu foram pagos pelo sistema Novel, em pouco mais de 2 anos, R$ 950 milhões, conforme números oficiais divulgados na semana passada pela Fundação Renova. Na cidade, segundo a Renova, as indenizações beneficiaram 9.500 pessoas.
Em Aimorés, a estimativa é que foram pagos pelo Novel aproximadamente R$ 650 milhões a 6.500 pessoas. Somando-se, portanto, o total pago em Aimorés e Baixo Guandu pelo Novel, a quantia chega a R$ 1,6 bilhão.
Economia fortalecida
Este montante extraordinário de recursos injetado nas duas cidades trouxe, naturalmente, reflexos muito positivos na economia. Só para se ter uma ideia, R$ 1,6 bilhão significa o total de recursos arrecadados pelas Prefeituras dos dois municípios num período de 7 anos.
O comércio de Baixo Guandu e Aimorés foi um dos mais beneficiados pela injeção de R$ 1,6 bilhão nas duas cidades, especialmente porque estes recursos foram muito pulverizados. Ao todo, são 16 mil famílias beneficiadas em Baixo Guandu e Aimorés pelas Indenizações do Novel.
As vendas do comércio dispararam na região desde o final de 2020, mas as indenizações fizeram surgir dezenas de novos negócios na região. Grande número de novos empreendedores surgiram exatamente entre os beneficiados pelas Indenizações.
A advogada Richardeny Lemke, de Baixo Guandu, que conseguiu na Justiça Federal a implantação do Novel, chegou a escrever um livro sobre o desastre ambiental de Mariana, onde ela relata em detalhes todo o processo de luta pelas Indenizações.
O “Caso Samarco” , livro escrito pela advogada Richardeny, é um retrato fiel de toda a trajetória do desastre ambiental, incluindo a luta difícil pelo pagamento de Indenizações. Somente pelo Novel, foram pagos R$ 8 bilhões em reparações em toda bacia do rio Doce e região estuarina, tratando-se da maior indenização coletiva na história mundial da mineração.
Processo em Londres
Além das Indenizações do Novel, atingidos do Caso Samarco aguardam com ansiedade, em toda bacia do rio Doce, o desfecho de um processo que corre na Justiça da Inglaterra, contra a BHP Billiton, que é sócia junto com a Vale do empreendimento que causou o rompimento da barragem de Fundão, em 2015.
São cerca de 200 mil atingidos, que aguardam indenização numa causa estimada em R$ 30 bi. O resultado do julgamento deve ser conhecido em abril de 2024, conforme o escritório internacional de advocacia que representa os atingidos. O caso foi parar na Inglaterra pelo fato da BHP ter sede fiscal naquele país.
Pois é pagou isso tudo que vcs fala e ainda se encontra famílias ligitima de pescadores que até hoje entrou nesse tal de novel perdeu seu direito de receber o AFE (auxílio financeiro emergial),isso que é uma injustiça da fundação renova,e advogados que induziram os atingidos a assinar esse acordo que já foi reconhecido como um inlegalidade .vergonha 😢😢pra nossa justiça BRASILEIRA.