A Assembleia Legislativa terá pelos menos nove deputados novos a partir de 2023, com ampliação do número de representantes de partidos de esquerda. Esse é o quadro traçado por projeções de partidos políticos, ocupados na matemática eleitoral que serve de base para as articulações e estratégias de campanha. Os responsáveis pelos cálculos ressaltam, porém, que o cenário poderá sofrer alterações no decorrer da campanha deste ano.
Os fatores que podem provocar alterações vão desde a desistência de concorrer à quebra de alianças, que repercute negativamente junto ao eleitorado, como ocorreu recentemente com o deputado Alexandre Xambinho (PSC). Aliado à pré-candidatura do deputado Erick Musso ao governo do Estado, mudou para o palanque do governador Renato Casagrande (PSB), candidato à reeleição.
Neste ano, as projeções colocam com amplas probabilidades de êxito na disputa a vereadora de Vitória Camila Valadão (PSOL), o ex-prefeito de Baixo Guandu Neto Barros (PCdoB – em federação com o PT e PV) e o ex-prefeito de Vitória João Coser (PT). O PT poderá ampliar a bancada, se confirmada a eleição do presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura, Julio Mendel.
Do grupo de prováveis vitoriosos na votação de 2 de outubro, fazem parte, também, o vereador de Vitória Denninho Silva (União Brasil), Tyago Hoffman (PSB), Lucas Scaramussa (Podemos), Claudete do Mateusão (PTB), Reginaldo Almeida (PSC) e Fábio Duarte (Rede – federação com o Psol).
No cenário geral, incluindo a atual legislatura, as projeções apontam que o PSB, partido do governador Renato Casagrande, poderá eleger mais um parlamentar, além de Tyago Hoffman, que, apesar de estar bem avaliado, poderá ter o cenário alterado, em decorrência de questões em andamento relacionadas à área administrativa. Os deputados Bruno Lamas, Dary Pagung e Janete de Sá estão nessa disputa.
No PSDB, em federação como o Cidadania, os cálculos apontam de dois a três deputados, com Vandinho Leite, presidente do partido no Estado, e Fabrício Gandini (Cidadania). Na terceira vaga estariam Lenise Loureiro e os deputados Marcos Mansur e Emílio Mameri.
O Republicanos teria de dois a três deputados, sendo a disputa entre a ex-senadora Luzia Toledo, deputado Hudson Leal, Carlinhos Lyrio (do norte do Estado), o bispo Alves e ainda o ex-presidente da Câmara de Aracruz Alcântaro Filho.
Já o PL elegeria Capitão Assumção e o delegado Danilo Bahiense, e o PDT, José Esmeraldo, com possibilidade de subir para dois, com o deputado Alexandre Quintino. O Patriota, MDB, DC, Avante, Novo e PMN não apresentam nomes competitivos, segundo as análises atuais.
Fonte: Século Diário (Roberto Junquilho)