O painel de controle do Tribunal de Contas do Estado aponta que, de janeiro a junho de 2021, a Prefeitura de Baixo Guandu arrecadou R$ 52,9 milhões e que a receita de todo o ano deve chegar a R$ 103,4 milhões.
Mesmo com este volume fabuloso de recursos, a gestão municipal não consegue destravar: as obras esperadas pelos moradores da cidade ainda não apareceram e outras, deixadas em andamento pela gestão passada, estão paralisadas.
É o caso da reconstrução da praça São Pedro, cujas obras estavam 90% prontas e foram abandonadas pela atual gestão. Outra obra importante na cidade, a pavimentação de um conjunto de 11 ruas no bairro Vila Kennedy, também foram abandonadas pela atual gestão, mesmo com o dinheiro em caixa garantido pela administração anterior.
Outra importantíssima obra paralisada em Baixo Guandu é a substituição da iluminação pública, do sistema convencional para lâmpadas de LED. No interior o serviço foi praticamente 100% executado, mas na sede somente a região central e adjacências foram beneficiadas. A iluminação em LED é muito mais eficiente e representa um custo até 30% menor no custo da iluminação pública, beneficiando a médio prazo o próprio consumidor, que paga pelo serviço. Mas a gestão atual resolveu parar tudo e a modernização alcança apenas cerca de 50% do município.
A rigor, as únicas obras realizadas em quase sete meses da gestão atual se resumem na construção de 5 quebra-molas – 3 na avenida Beira Rio e mais dois em frente ao cemitério municipal.
Esta situação não decorre da falta de recursos: a gestão passada deixou em caixa R$ 30 milhões e este ano já entraram, até junho, mais 52 milhões. Como as despesas no primeiro semestre somaram R$ 39, 69 milhões, conforme o Tribunal de Contas, a Prefeitura de Baixo Guandu possui hoje, em caixa, cerca de R$ 42 milhões.
Já se passaram os primeiros 200 dias da atual gestão (cerca de 14% do mandato) e Baixo Guandu amarga um forte retrocesso desde janeiro de 2021. Dinheiro em caixa tem de sobra, mas a gestão bate cabeça e não consegue deslanchar.
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