Além da Anvisa, que admite publicamente que não existe remédio eficaz contra a COVID-19, a Associação Médica Brasileira (AMB) fez nesta semana um pronunciamento contundente contra o uso da Cloroquina e da Ivermectina no tratamento precoce da COVID-19.
No momento mais grave da pandemia, com 300 mil mortos no país, as evidências são claras que estes medicamentos, além de não curarem a doença, podem trazer efeitos colaterais graves aos pacientes.
A conclusão científica chega perto da unanimidade contra a Cloroquina e a Ivermectina: estes medicamentos já foram banidos nos países mais avançados do mundo, mas no Brasil muitos médicos continuam insistindo em sua prescrição, o que hoje é uma grande temeridade.
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No Espírito Santo
No ES, o Cloroquina foi e continua sendo alvo de debates desde o início da pandemia, quando médicos bolsonaristas passaram a prescrever indiscriminadamente o remédio contra a COVID-19.
O jornal “A Gazeta” publicou esta semana um dado contundente: Vitória, considerada a “capital nacional da Cloroquina”, tem 46% mais mortes por COVID-19 comparado às demais capitais do país.
Em Baixo Guandu a Cloroquina também acendeu os debates, em maio do ano passado (início da pandemia) quando uma médica acusou o então prefeito Neto Barros de não adotar o chamado “tratamento precoce” com a Cloroquina.
O tempo mostrou que o prefeito tinha razão: até o presidente Jair Bolsonaro, árduo defensor da Cloroquina, disse ontem em solenidade no Congresso Nacional que não existe remédio para a doença.
Ontem o ex-prefeito Neto Barros declarou, referindo-se ao “kit de tratamento precoce” que inclui Cloroquina e Ivermectina: “Quem tem cérebro e o utiliza nunca acreditou nessa estupidez. Agora, milhares/milhões de famílias tiveram o sofrimento ampliado. Solidariedade a todos que foram enganados pelo presidente, por outros políticos canalhas e esse bando de falsos médicos”, disse.