Estado bate recorde de óbitos e registra variante do vírus que atinge os jovens com gravidade

O Espírito Santo atravessa o pior momento da pandemia COVID-19, com registro, ontem (22/02), de 53 óbitos e ocupação de leitos de UTI chegando a 93%, um limite extremamente crítico e próximo de colapsar a rede hospitalar do Estado.

E ontem o secretário de Estado da Saúde Nésio Fernandes confirmou a presença forte no Estado de uma variante do vírus 62% mais letal e que pode ser até 90% mais contagiosa.

Esta variante do Reino Unido tem atingido de forma mais contundente os jovens e os maiores pontos de contaminação, segundo a Sesa, seriam os municípios do Barra de São Francisco, no Norte do Estado e Piúma, no Sul capixaba.

O Estado vive desde a última quarta-feira uma nova situação na tentativa de frear o contágio, com o fechamento do comércio em geral nos 78 municípios capixabas. Só podem funcionar os serviços essenciais.

Ontem o governador Renato Casagrande inaugurou mais 10 leitos de UTI e confirmou a gravidade da situação no Estado, pedindo mais uma vez que todos usem máscaras, pratiquem o distanciamento social e reforcem os hábitos de higiene.

No Espírito Santo, ainda não ocorreram mortes de pacientes à espera de leito de UTI, uma situação hoje muito comum em vários estados do país. Mas as autoridades de Saúde alertam que esta situação pode também ocorrer aqui, se a velocidade da transmissão do vírus não for contida.

Em Baixo Guandu, segundo dados oficiais da Secretaria Municipal de Saúde, temos hoje o registro de 2640 casos desde o início da pandemia, com 49 óbitos. Na cidade existem, hoje, 110 casos ativos da doença, com 10 pacientes internados. Cinco estão no hospital local e mais 5 espalhados em leitos de UTI em outras cidades capixabas.