O médico capixaba Leandro Medice, que atuava na Grande Vitória em consultório e ainda como socorrista do SAMU, morreu na madrugada desta segunda-feira (hoje) na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, onde se encontrava desde a última sexta-feira, de forma voluntária, prestando socorro ao povo gaúcho duramente afetado pela maior enchente da sua história.
Leandro tinha apenas 41 anos e, numa atitude de amor e empatia, embarcou na semana passada para o Rio Grande do Sul, numa missão humanitária para ajudar os atingidos pelas cheias , cujos mortos já somam mais de 150 e cerca de duzentas permanecem desaparecidas.
Consta segundo informações colhidas hoje no final da manhã, que o médico Leandro Medice foi encontrado morto no acampamento do grupo capixaba que socorria flagelados, hoje por volta das 7 horas da manhã.
Ele teria sofrido um enfarte fulminante e nem pediu socorro, sendo encontrado sem vida quando a equipe partia para mais um dia de trabalho. O médico tinha vivido um dia exaustivo ontem, atendendo dezenas de gaúchos que se sentiam mal nos abrigos onde estão temporariamente alojados.
Companheiro
O médico Leandro Medice era casado com o acunpurista João Paulo Martins e ambos residiam em Vila Velha. O companheiro do médico explicou hoje em entrevista à imprensa que Leandro nunca teve problemas de saúde e que a morte súbita é uma grande surpresa.
“Eu ainda não consigo acreditar no que aconteceu, ele viajou para prestar ajuda humanitária e vai retornar sem vida. É muito triste”, disse João Paulo Martins. Ainda não há informações de quando e onde será o sepultamento do médico capixaba, cujo corpo deve ser trazido até amanhã de volta ao Espírito Santo.