Em continuidade às visitas aos territórios, na manhã de quarta-feira (21), os atingidos e atingidas de Baixo Guandu se reuniram com as Instituições de Justiça (IJ), representadas pelo Ministério Público do Espírito Santo e pela Defensoria Pública do ES, para debater os direitos já conquistados e apresentar as demandas que ainda precisam de soluções.
Em Baixo Guandu, as principais pautas dos atingidos e atingidas são nos eixos da assistência social, saúde, problemas ambientais, acesso à água de qualidade para produção, consumo e uso doméstico, além das questões econômicas.
Entre as muitas presenças do povo atingido, destacou-se a presença das comissões Locais Territoriais e Municipais que manifestaram suas opiniões, testemunhos e relatos.
O coordenador territorial de Baixo Guandu, Franklin Santos colocou os avanços e dificuldades desde o período de inserções nos territórios, bem como os limites da assessoria dentro do escopo de trabalho do projeto Rio Doce. “Nossa principal dificuldade hoje tem sido o acesso às informações de laudos e outros documentos que tratam da Reparação Integral. Somos limitados nos retornos das demandas encaminhadas para os órgãos públicos, bem como no acesso aos laudos sobre a qualidade da água, por exemplo”, frisou.
Dr. Rafael Portella, representante da Defensoria Pública, destacou que “todas as demandas apresentadas são importantes, mas que, em especial, a pauta das mulheres é de grande importância para os encaminhamentos da justiça, com foco na saúde e questões da invisibilidade das mulheres no processo de reparação. As demandas das mulheres não podem continuar sendo colocadas como se não importassem, elas existem e são latentes em todo território, e enquanto poder público é nosso compromisso focar nos temas para melhorar e avançar junto com povo e com as mulheres”, concluiu o defensor.
Fonte: adaibrasil.org
Minha filha até hoje não se recoperou da percas. Sem falar que ela teve um problema grave de saúde devido essa água.nayane ragena Maia bull. E também até hoje não recebeu. E ela precisa desse dinheiro pra fazer o tratamento da saúde. Por causa dessa água contaminada.
Eu e minha filha somos moradores dessa cidade a vinte e cinco anos. Ela é registrada aqui. Meu filho nasceu nasceu em 2015. É registrado aqui. Votamos aqui meus talões está no meu nome é não recebemos nem um centavo. Eu quero justiça. Direito igual pra todos atingidos. E nós fomos muito prejudicados pela samarco. Psicologicamente . No trabalho na saúde na pesca na água. Muito triste. Não gosto nem de lembrar. Quanta dificuldade passamos.