Caiu como uma “bomba” uma decisão tomada ontem à tarde, pelo juiz da 4ª Vara Federal de Belo Horizonte, Vinícius Cobuci, que simplesmente extinguiu o Sistema Simplificado de Indenizações, o Novel, e retirou também a legitimidade das Comissões de Atingidos , que há anos lutam pela reparação ao rompimento da barragem de Mariana, ocorrido em 2015.
Ainda ontem à noite a advogada Richardeny Lemke, que representando a Comissão de Atingidos de Baixo Guandu, conseguiu em 2020 a implantação do Novel, fez uma avaliação inicial da polêmica decisão do juiz Vinícius Cobuci, adiantando que vai recorrer da nova determinação da 4ª Vara Federal.
A princípio, a advogada Richardeny não viu na decisão impedimento para a Fundação Renova continuar fazendo o pagamento da correção monetária sobre as indenizações do Novel, que começaram há duas semanas, porém ressaltou que o novo direcionamento da 4ª Vara Federal muda tudo numa situação consolidada, que vinha promovendo desde 2020 “uma função eficiente no processo de Indenizações”.
“Mas é bom frisar que o pagamento da correção monetária, que foi uma conquista das Comissões dos Atingidos, não é citada na nova decisão judicial”, lembrou a advogada Richardeny, acrescentando que, neste momento, é difícil afirmar com certeza as consequências. “Não sabemos como a própria Fundação Renova vai interpretar tudo isso. Mas vamos manter o otimismo, mesmo porque uma parcela significativa dos atingidos que tem direito já recebeu a correção e todos, por consequência, teriam o mesmo direito”.
Como fica?
Ainda numa avaliação inicial da decisão tomada ontem, detalhada em 25 páginas pelo novo juiz do Caso Samarco Vinícius Cobuci, a advogada Richardeny Lemke admitiu que fica no ar uma série de indagações.
“Quantos atingidos ainda estão com recurso na 12ª Vara, aguardando definição? Estas pessoas não receberão?”, destacou ontem a advogada Richardeny Lemke, lembrando que a decisão do juiz Vinícius Cobuci manda os atingidos ajuizarem ação individual na Justiça Estadual, “sabendo da dificuldade de comprovação do ofício”.
Para Richardeny Lemke, esta situação chega a ser “surreal” e não restará outro caminho que não seja recorrer da decisão do juiz da 4ª Vara Federal.
“Vamos analisar com profundidade a decisão judicial, mas a princípio não nos parece a mais adequada. Extinguir as Comissões de Atingidos e mandar os atingidos recorrerem individualmente à Justiça estadual é um baque na luta de centenas de milhares de atingidos contra a irresponsabilidade da Samarco, Vale e BHP”, salientou a advogada Richardeny Lemke, que retornou ontem de uma viagem ao exterior.
O Novel, implantado em julho de 2020, já indenizou cerca de 100 mil pessoas e pessoas jurídicas na bacia do rio Doce e região estuarina, com pagamentos que se aproximam de R$ 11 bilhões – o maior da história da mineração no mundo.
Retrocesso
“Como afirma o Juíz, que há problemas no Novel, não deveria extingui-lo e sim corrigir as falhas e aprimorá-lo. É injusto neste momento, já completando 8 anos deste crime ambiental, extinguir o único sistema de indenização que foi efetivo. Basta analisar o que foi feito até aqui pelos atingidos neste quase 8 anos, que todos terão a mesma conclusão. De fato, a “decisão foi um retrocesso”, concluiu a advogada Richardeny Lemke.
Ontem à noite o site Itatiaia, de Belo Horizonte, em matéria do repórter Lucas Ragazzi, publicou em primeira mão a notícia da nova decisão da Justiça Federal sobre o Novel, cujo teor segue abaixo:
Juiz ‘suspende’ sistema de indenização do Caso Mariana, exclui Comissões de Atingidos e destitui perícia americana
Com as negociações pela repactuação de Mariana entrando em fase final, o juiz Vinicius Cobucci, novo responsável pelo Caso Samarco na Justiça Federal, publicou decisão que promete abalar o mundo jurídico envolvido no bilionário processo de indenização aos atingidos pelo rompimento da barragem de Mariana.
Cobucci retirou o viés judicial do sistema Novel, responsável pela gestão das indenizações aos atingidos pelo rompimento da barragem de Mariana, e determinou que o mecanismo pare de registrar novos pedidos e continue a operar somente com os processos já em andamento. Nessa mesma decisão, feita na tarde desta sexta-feira (28), Cobucci tirou a competência processual das Comissões de Atingidos e eliminou a consultoria americana Kearney do rol de peritos judiciais do caso.
Estabelecido pela Justiça federal em 2020, o sistema Novel foi o mecanismo colocado para que a Fundação Renova, criada para fazer a assistência dos atingidos pela barragem, fizesse uma gestão compartilhada com o juiz federal sobre as famílias e pessoas que vinham sendo indenizadas.
Ao contrário dos dois juízes anteriores do caso, Vinicius Cobucci pontua que o Novel tem apresentado falhas e atrapalhado o andamento do processo. “O Novel apresenta uma série de outros inconvenientes, como a criação de uma ampla base de dados pessoais sensíveis sem qualquer supervisão específica, o que é bastante preocupante. Não se sabe como e quem teve acesso a essa base de dados, inclusive os mecanismos utilizados para a sua formatação.
A sua manutenção, no presente momento, gera mais inconvenientes do que resultados práticos positivos. No entanto, como se trata de método extrajudicial alternativo de solução de conflitos, na ausência de um título executivo coletivo válido, e a fim de se tutelar a boa-fé dos atingidos, deve ser assegurado o seu acesso pelo tempo necessário ao processamento de novos requerimentos, caso o atingido entenda que a via é adequada à tutela de seus interesses”, mostra trecho da decisão, que deu 60 dias de prazo para a nova adequação.
Com informações: www.itatiaia.com.br
Surge aí um Novo Gilmar Mendes ou um Tal Alexandre o Grande.
Acho que todo sistema foi comprado.
Quando sairá o resultado do Pim da fundação Renova , dei entrada em 2020 e ate hoje não obtive respostas.
Foi cadastrado em janeiro de 2017 e até hj não recebi nada nem se quer satisfação.spu morador de baixo guandu a 60 anos desde que nasci no hospital Jones do Santos Neves. E muitos que só conhece bsixo guandu por foto já receberam e recebem ainda .uma vergonha tem que acabar mesmo. Com isso.
Certo? que certo? Renova no decorrer de 8 anos do crime que ela provocou, metade da população que foi vitima desse crime, ainda aguardam por uma reparação. Ela fingem que repara, mas não repara absolutamente nadaaaaaa. Agora o que nós temos que marcar em cima é, se um sistema que foi instalado para reparar esses atingidos no caso o nóvel, (que não era um dos melhores, mas era o que tinha apesar de toda morosidade), o juiz terá que criar junto a sua equipe, formas para dar continuidade a reparação a essas familias, que aguardam por sua reparação, e se foi retirada a comissão, que também não era das melhores, usavam desse post para beneficio próprio e de seus familiares, terá que ter outra comissão que de fato represente, de voz e lugar a esses atingidos
Minha indignação, pois é direito de todos nós que ficamos sem poder utilizar água do rio,ter que carregar água na cabeça, ficar esperando por caminhão pipa para abastecer um pouco nossos recipientes de água.
Agora vem este senhorio fazer uma palhaçada desta.
Eu Rosa Pereira estou passando por momentos difícil porque não recebi nen um centavo estou pagando aluguel água energia comprando água sou moradora de baixo guandu tem muita gente que não mora aqui nem tem acesso o rio doce rio guandu já recebeu fico pensando com podi isto pessoas que precisa não não recebi
Este processo deve ser reavaliado, pois todos que sofreram este naufrágio devem ser indenizados com igualdade. Pois algumas pessoas recebem continuamente e outras ficam com o prejuízo, além da morosidade em resolver o andamento das ações processuais.
O cidadão de bem luta em prol da igualdade, respeito mútuo, justiça e ética.
Juiz brasileiro , é uma piada neste país,, tem 90 dias de férias no ano , e agora mandaram mais uma reivindicações , pedindo mais três meses de férias ,, de bonificação ao STF,, tiram os direitos de pobres , porque os pobres não tem um bom advogado , aceitam qualquer argumento de um advogado de rico , e deixa o pobre de lado , porque o pobre não tem o recorrer ,, lembrando que não são todos os juízes , mais 70 % deles sim ,, se acham um rei e não obedece a própria justiça , e faz valer a sua , se achando os Reis dos reis ,, isto é só no Brasil ,, processo de pobre é arquivado , ou não chega no final nunca ,,, ,,,,,, fica aqui a minha indignação por alguns do judiario , que nunca poderiam estar neste cargo..
Eu acho certo, o que o juiz fez,tem muita gente recebendo dinheiro,mora longe do Rio doce e nem pesca e nunca trabalhou perto do Rio, eu acho que deveria ter mais investigação,
Tem que se fazer uma mobilização de toda bacia e parar essas empresas, os atingidos continuam sofrendo e elas continuam lucrando e ainda colocando mais vidas em risco de morte. Porque tem pessoas que infelizmente ainda usam água contaminada e consome o peixe impróprio para consumou. Infelizmente ouvi relatos de uma mãe dei sim o peixe prós meus filhos comerem porque não tinha outra coisa para comer. Isso é muito triste e desumano. Mas de uma coisa eu tenho certeza ainda que a justiça aqui da terra esteja falhando, contudo eu eu creio que a justiça divina não falha. O que essa empresas merecem é cadeia. A única chacina que se sabem quem são os criminosos e que ninguém tá preso , presos estão as vítimas que morreram e as famílias que sofrem até hoje. Os atingidos tem que se unir e para essas empresas.
A pergunta é, porque este juiz tomou esta decisão ? Se estava tudo certo entre a renova e a população atingida pelos rejeitos, qual o motivo deste senhor vir com uma determinação destas ? Acho que o CNJ, tem que entrar nesta história e verificar a conduta deste magistrado.
Estou acompanhando o caso e creio que a solução seja de criar uma associação dos atingidos e entrar com ação coletiva por meio da associação. Possivelmente dessa forma não precise ajuizar individualmente processos no primeiro momento.
Também estou analisando alguns cálculos realizados pela Renova para pagamento da correção monetária e constatei alguns erros que fazem com que o atingido receba um valor menor do que o de direito.
Paulo Lima
Contador e Perito em cálculos Judiciais
Sócio do escritório: Portofino Contabilidade e Perícia
Whatsapp: 82 99809-3563
Email: paulolima@portofinocontabilidade.com.br
Concordo plenamente com você. Mesmo que o juiz tenha sido radical, não dá para negar que há muitos erros nesse procedimento. O que começou errado dá margem para anulação. O correto era uma associação ter entrado com uma ação coletiva. Sou advogada e tenho muitas ações contra a Samarco, mas sei que o juiz não está errado.
Isso e porque nao está poluído isto e porque está tomando todo espírito santo em geral
Pra ter ideia o mar já está contaminando a marrom e rios de cariacica já tem gente pescador reclamando que o corpo já esta saindo feridas
Eu quem nem recebi ainda tem gente que nunca pescou e recebeu
Tem que voltar o juiz pra beber água e comer peixe contaminado eai ele pode dar o julgamento dele depois que ele se contaminar
Comprei peixe do Rio doce. Sem problemas. Voltem ao trabalho
Esse Juiz é Louco. Como ele já tem o Salario dele Altíssimo por isso não tá nem aí para os pobres atingidos….. Queremos nosso Direito. Se Uns Receberam todos tem direito a receber também. COMO PODE UNS RECEBERAM E OUTROS NÃO RECEBERAM NADA AINDA, SENDO QUE USAMOS DA MESMA ÁGUA E SOMOS DO MESMO ESTADO !!!! QUEREMOS O NOSSO DIREITO SIM. QUEREMOS RECEBER TAMBÉM IGUAL AOS OUTROS QUE JÁ RECEBERAM !!!!!
E água daqui também não dá pra beber sou obrigado a comprar água sem poder trabalhar o rio tá ifequitado sem poder pescar pra comer
juiz maluco eu ainda não recebi nada e compro água mineral toda semana a água não tem como consumi esse juiz não mora aqui ele não bebe dessa água .e direito de todos receber .
Manda ele come os peixe do rio doce, ou bebê água contaminada. Será que vale Samarco vai indeniza famílla dele : Brasil fala tanto meio ambiente da até graça
Na verdade todas pessoas, de todas localidades que foram atingida pela Lama da Samarco, tem que ser indenizado sendo pescador ou não, todos tem o mesmo direito