A Vale informou na última quinta-feira (28/07) que registrou lucro líquido de R$ 30,033 bilhões no segundo trimestre deste ano, uma queda de 25% em relação ao mesmo período de 2021 (R$ 40,095 bilhões). No primeiro trimestre, o lucro da mineradora foi de R$ 23,046 bilhões.
A Vale é responsável, juntamente com a Samarco e a BHP Billiton, pelas indenizações e reparações decorrentes do rompimento da barragem de Mariana, em 2015. A Fundação Renova, criada para gerenciar este processo, informou recentemente que fechará 2022 com gastos de R$ 30 bilhões na totalidade do pagamento de Indenizações e reparações ao longo da bacia do rio Doce. Somente para este ano, o orçamento da Renova é de R$ 10,4 bilhões.
Em dólar, a Vale reportou ganhos de US$ 6,2 bilhões no segundo trimestre, recuo de 18,4% ante o mesmo período de 2021. O valor, no entanto, ficou acima do esperado em pesquisa realizada pela Refinitiv. A estimativa era de um lucro de US$ 2,8 bilhões.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da minerada foi de R$ 25,8 bilhões no segundo trimestre deste ano, valor R$ 6,9 bilhões abaixo do apurado no primeiro trimestre.
De acordo com a companhia, o resultado reflete a “queda dos preços de minério de ferro e cobre no final do trimestre, que foi parcialmente compensada por maiores volumes de vendas de minério de ferro.”
No segundo trimestre, o preço médio do minério de ferro foi de US$ 113,3 por tonelada, abaixo dos US$ 184,8 realizados no mesmo período do ano passado.
Receita e dívida
A receita líquida da companhia recuou de R$ 86,992 bilhões entre janeiro de março de 2021 para R$ 54,974 bilhões no mesmo período deste ano, uma queda de 36,8%. Em relação ao primeiro trimestre (R$ 56.719 bilhões), o recuo foi de 3,1%.
A dívida bruta da Vale era de US$ 12,608 bilhões ao fim do segundo trimestre, abaixo do verificado no mesmo período do ano passado (US$ 13,862 bilhões) e superior ao verificado nos três primeiros meses de 2022 (US$ 14,015 bilhões).
Com informações do g1.globo.com