Os atingidos pelo desastre ambiental da Samarco residentes em Aimorés, estão há 12 dias aguardando, ansiosos, a divulgação de uma lista gigantesca de indenizações da Fundação Renova.
A lista ainda não saiu em função do pedido de uma pessoa indenizada, que não quer ter seu nome divulgado para o público, situação que está sendo resolvida pelo juiz da 12ª Vara da Justiça Federal, localizada em Belo Horizonte.
A expectativa é que o juiz Mário de Paula Franco Júnior decida ainda esta semana sobre o pedido de sigilo, liberando em seguida a nova lista dos indenizados de Aimorés – lembrando que desde final de março as indenizações ficaram paradas, em função do pedido feito pelo MPF de suspeição do juíz. O TRF 1 de Brasília já decidiu liminarmente manter o juiz frente ao processo de indenizações.
Lista grande
A expectativa é que a nova lista de indenizados de Aimorés seja divulgada no máximo até a próxima sexta-feira, 11 de junho.
E com certeza será uma lista enorme, especulando-se que até 700 nomes poderão constar nesta etapa indenizatória. “Não se sabe, na realidade, quantos nomes estarão na lista, mas como as indenizações ficaram cerca de 60 dias paralisadas, acreditamos que teremos um número recorde de pessoas reparadas em seus danos profissionais”, explicou ontem uma advogada que atua nas cidades de Aimorés e Baixo Guandu.
Em Baixo Guandu, a última lista de indenizações foi divulgada no dia 28 de maio, com pouco mais de 250 nomes. E já se espera uma nova lista também para esta cidade, no mais tardar até a próxima semana.
Com relação a Aimorés, os escritórios de advocacia da região estão sendo insistentemente cobrados sobre a lista, a ponto de alguns divulgarem ontem os motivos do atraso. E todos dão a mesma versão: o problema é uma pessoa atingida que requereu sigilo e o juiz Mário de Paula vai decidir sobre a legalidade deste pleito.
As indenizações de Aimorés, Baixo Guandu e mais 22 localidades ao longo da bacia do rio Doce, são resultado de uma sentença inédita da Justiça Federal, de julho de 2020, que determinou o pagamento de indenizações a pessoas e empresas de difícil comprovação de danos – caso dos pescadores informais, areeiros, lavadeiras, artesãos, carroceiros, pequenos agricultores e comerciantes, entre outros.
Em menos de um ano, a Fundação Renova já indenizou mais de 12 mil pessoas (com valores entre R$ 17 mil a R$ 567 mil) em praticamente toda bacia do rio Doce. Mas existem ainda milhares de pessoas a serem reparadas naquele que se julga o maior desastre ambiental da história da mineração no país, ocorrido em 2015 com o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).
Bom dia cade a lista com os nomes que ficou de sair ontem dia 11/06/2021
Bom dia cade a lista com os nomes que ficou de sair ontem dia 11/06/2021
Boa tarde. Os que estão em análise, será que vai demorar sair a resposta.