Publicado em 07/03/2025
Ontem (6/3) foi o último prazo para os municípios mineiros e capixabas aderirem à repactuação, mas cinco cidades do Espírito Santo se recusaram a receber os recursos decorrentes do rompimento da barragem de Mariana: Baixo Guandu, Colatina, Marilândia, Aracruz e Sooretama.
Estes cinco municípios optaram por continuar na ação na Inglaterra, movida pelo escritório internacional de advocacia Pogust Goodhead, em processo cuja sentença inicial deve sair até julho de 2025.
O prefeito de Baixo Guandu, Lastênio Cardoso, preferiu aguardar o resultado da ação inglesa, considerando os R$ 95 milhões oferecidos pela repactuação (a serem pagos em 20 anos), insuficientes para suprir as necessidades do município decorrentes dos prejuízos causados pela lama no rio Doce. Lastênio estima que, uma vez vitoriosa na Inglaterra, a ação contra a Vale/BHP pode render até R$ 500 milhões ao município.
Os prefeitos de Colatina, Marilândia, Sooretama e Aracruz também se pronunciaram ontem, todos considerando os recursos estabelecidos pela repactuação, insuficientes.
Dos 49 municípios mineiros e capixabas impactados pelo rompimento da barragem, 25 aderiram à repactuação, conforme listagem divulgada ontem pela assessoria de comunicação da Samarco.
Até o momento, 25 municípios aderiram ao Acordo, 19 em Minas Gerais e seis no Espírito Santo. “Em Minas Gerais, já aderiram Fernandes Tourinho, Timóteo, Ipatinga, Barra Longa, Raul Soares, São Pedro do Ferros, Rio Casca, Dionísio, Bugre, Caratinga, Ponte Nova, Iapu, Santana do Paraíso, Marliéria, Córrego Novo, Sobrália, Pingo D’água, Santa Cruz do Escalvado e Rio Doce. No Espírito Santo, seis aderiram: Anchieta, Fundão, Serra, Linhares, Conceição da Barra e São Mateus”.
Dos municípios capixabas, Colatina receberia da Repactuação R$ 292 milhões; Baixo Guandu R$ 95 milhões; Aracruz R$ 144 milhões, Marilândia R$ 40 milhões e Sooretama R$ 83 milhões.