Faleceu na véspera de Natal e foi sepultado ontem, em Baixo Guandu, o produtor rural Inácio Raasch, aos 82 anos. Há mais de 30 anos ele desenvolveu no município a cultura da manga primorosa, buscando conhecimento e desenvolvendo variedades deliciosas desta fruta.
Inácio Raasch, que era da Igreja de Confissão Luterana, foi sepultado no dia de Natal no cemitério luterano do km 4, localizado exatamente na propriedade onde ele desenvolveu com sucesso a cultura da manga primorosa.
Ele deixa a esposa Helda Fleger Raasch e os filhos Ronaldo e Lúcio, além de um neto. Inácio ficou internado 16 dias no hospital de Baixo Guandu, tratando de complicações do mal de parkinson. Chegou a receber alta, mas foi novamente internado no dia 23 de dezembro e faleceu na madrugada de 24 de dezembro.
Na semana passada a esposa de Inácio, Helda Fleger, lamentou o estado de saúde do marido, destacando que sua vida foi toda dedicada ao trabalho. “Mas seja o que Deus quiser, só não quero que ele fique sofrendo”, disse dona Helda. No hospital, Inácio foi acompanhado no período de internação pelo filho Lúcio e pela nora Tânia, alternadamente, uma vez que a condição de saúde da esposa Helda também precisa de cuidados.
Pioneiro
Inácio Raasch desenvolveu em Baixo Guandu a cultura da manga primorosa, montando também na propriedade do km 4 do rio Guandu um alambique para fabricação de cachaça aproveitando o excedente da própria fruta.
Durante mais de 30 anos pesquisou tudo sobre a manga, visitando inclusive a Universidade Federal de Viçosa para aprender técnicas inovadoras de enxertia.
Com este conhecimento, desenvolveu na propriedade do km 4 variedades muito saborosas da manga primorosa, que fizeram fama em todo o território capixaba. A produção era vendida para toda a região e grande Vitória, além de abastecer a Ceasa.
A cultura da manga primorosa chegou a ter quase 5 mil pés da manga primorosa, na propriedade da família Raasch, hoje em quantidade mais reduzida em função da introdução da cultura da banana.
Inácio Raasch não tinha graduação em escola especializada, mas era mestre na cultura da manga, sempre buscando conhecimento. Deixou um legado de dedicação ao desenvolvimento da cultura da manga primorosa, em Baixo Guandu, sempre auxiliado pela esposa Helda Fleger Raasch.
Eu Delza Alves Monteiro os conheci , Fui professora de educação física, dos dois filhos.