Organizado nos últimos 15 dias através de vários grupos de whatsapp e anunciado como ” grande manifestação” para ocorrer a partir das 6 horas de hoje, em Baixo Guandu, na travessia da linha férrea já na divisa com Aimorés, atingidos da Samarco não aderiram ao protesto e tudo acabou cancelado por volta do meio-dia.
Durante toda a manhã, pouco mais de 60 pessoas compareceram ao local da manifestação, frustrando aqueles que estimavam a presença de mais de mil pessoas, de várias cidades da bacia do rio Doce.
Três viaturas da Polícia Militar do Espírito Santo e uma da PM de Minas Gerais chegaram a acompanhar a movimentação nas primeiras horas da manhã, mas antes do meio-dia já se afastaram do local, com o esvaziamento do anunciado protesto, que pretendia até paralisar o tráfego de trens da Vale.
Acontece, porém, que a Polícia Militar já foi ao local, juntamente com oficiais de Justiça, com uma ordem judicial proibindo qualquer interrupção no tráfego ferroviário, atendendo a ação promovida pela Vale. A juíza Walméa Moraes, de Baixo Guandu, concedeu uma medida liminar ontem, autorizando a Polícia Militar a conduzir à Delegacia de Polícia Judiciária quem eventualmente viesse a interromper o tráfego na linha férrea.
Discussão no whatsapp
A medida judicial, no entanto, nem precisou ser acionada. O não comparecimento de manifestantes, inclusive, provocou intensas discussõe entre os atingidos reunidos em grupos de whatsapp. Com acusações mútuas, o lamento geral era que os atingidos estão sem orientação e completamente desunidos para reivindicar seus direitos, decorrentes do rompimento da barragem de Mariana, ocorrido em 2015.
Uma “vaquinha” chegou a ser organizada para compra de água e alimentação para os manifestantes, conseguindo arrecadar pouco mais de R$ 1 mil. O dinheiro, com o cancelamento do protesto, deve ser destinado a uma instituição de caridade.
“Não adianta que os atingidos estão desunidos e dispersos, sem uma orientação com lideranças definidas”, explicou ontem uma manifestante que compareceu ao local do protesto.
Às vezes duramente criticadas no processo indenizatório, as Comissões de Atingidos, que tiveram a legitimidade tirada por recente decisão judicial, foram lembradas hoje pelos manifestantes. “Pelo menos com elas atuando nós tínhamos uma orientação e segurança na hora de agir. Agora estamos perdidos, sem uma representação”, explicou o atingido M.R.S, residente em Baixo Guandu, que chegou a ir no local do protesto mas foi embora frustrado.
cadê nossos vereadores prefeito lastenio que sempre está dizendo que está a nosso favor nessa hora é que sabemos quem estão nos apoiando a juíza sabe muito bem dos riscos contaminados com nosso Rio doce e ainda sim ela nos proibiu mandando a justiça nos impedir de gritar pelos nossos direito é muito revoltante em saber que na hora da eleição os candidatos vem com a cara de pau pedindo voto é nessa hora que teremos que esquecer o caminho das urnas