Os atingidos pelo rompimento da barragem de Mariana, ocorrida em 2015, que originou o “Caso Samarco”, tem prazo até a próxima quinta-feira (31 de agosto) para preencherem o questionário de danos e participarem da ação movida contra a BHP na Inglaterra. A BHP, junto com a Vale, é a proprietária da mineradora Samarco, todos responsáveis pelo colapso da barragem de Fundão.
O processo contra a BHP na Inglaterra corre desde 2018 e é considerado talvez a maior ação coletiva do mundo. O escritório internacional de advocacia Pogust Goodhead pede uma indenização de R$ 230 bilhões para cerca de 700 mil pessoas, além de municípios, entidades, empresas e comunidades quilombolas e indígenas, entre outros.
Em Baixo Guandu
O escritório da Pogust Goodhead em Baixo Guandu, que já mudou de endereço várias vezes, está com intenso movimento desde a semana passada, com centenas de pessoas procurando se inteirar a respeito do processo. O escritório da Pogust funciona atualmente no térreo de um prédio localizado ao lado da conhecida “ponte vermelha”, na avenida Santa Terezinha.
Em Baixo Guandu, calcula-se que aproximadamente 12 mil pessoas tenham se inscrito como impactados no processo contra a BHP que corre na Inglaterra. A Corte Inglesa já marcou para outubro de 2024 o início do julgamento da ação, que deverá ter um desfecho em cerca de 60 dias ; ou seja, até o Natal do próximo ano os rumos da indenização estarão definidos.
A própria Pogust Goodhead acredita, no entanto, que antes deste prazo pode acontecer um acordo entre a BHP e o escritório de advocacia que representa os atingidos.
Quem admitiu esta possibilidade é o sócio da Pogust, Thomas Goodhead, que visitou alguns municípios atingidos pela lama da Samarco, entre eles Colatina, durante o mês de agosto.
O próprio advogado Thomas Goodhead admitiu há cerca de 60 dias, em entrevista concedida ao jornal “Estadão”, de São Paulo, que a indenização individual mínima dos atingidos deve ficar em torno de R$ 121 mil.