O Governo do Estado do Espírito Santo garantiu os recursos e já teve início, há cerca de 10 dias, as obras de restauração do “Casarão da Madame Albertina Holz”, um dos prédios mais tradicionais da cidade, que se transformará no futuro museu de Baixo Guandu.
Com custo de R$ 1,547 milhão e prazo de 24O dias para conclusão, as obras de restauração vão manter as características originais do casarão, que foi inaugurado em 1925 e abrigou, durante décadas, uma das maiores casas comerciais da cidade.
Em 2006, durante gestão anterior do atual prefeito Lastênio Cardoso, o prédio foi adquirido pelo município, mas desde então ficou abandonado, aguardando recursos para a restauração. Finalmente em 2022 o governador Renato Casagrande atendeu um pedido que há anos vinha sendo feito pela Prefeitura e liberou a verba para as obras.
História
A história do Casarão da Madame, conforme é mais conhecido, remonta uma trajetória do século passado. Albertina Holz era uma imigrante alemã que chegou ao Brasil aos 13 anos, estabelecendo-se inicialmente na região de Santa Maria de Jetibá, mas em 1902 resolveu se mudar para Baixo Guandu, atraída pelo desenvolvimento da região decorrente da estrada de ferro Vitória a Minas, cujos trilhos chegaram à cidade em 1907.
Em Baixo Guandu Albertina Holz montou uma casa comercial e construiu, a partir de 1919, o enorme casarão que abrigaria, a partir de 1925, as atividades que envolviam venda de secos& molhados, e comercialização de produtos agrícolas, com destaque para o café.
Madame Albertina faleceu nos anos 1950, aos 90 anos, deixando como legado para Baixo Guandu uma história de muito empreendedorismo. A maioria dos seus filhos também se dedicaram ao comércio e foram muito importantes no desenvolvimento do município, tradição depois repassada para netos e bisnetos.
Nada mais justo, agora, que o museu guanduense, próximo de se tornar realidade, leve o nome desta mulher forte, empreendedora e de fibra. Albertina Holz ganhou o apelido de “madame” exatamente pelo forte respeito e admiração que as pessoas tinham pelo seu espírito de liderança.
A revista Baixo Guandu Cada Vez Melhor, editada em 2016, contou um pouco da história da madame Albertina Holz: