Prefeitos do Espírito Santo que criaram normas e protocolos municipais para o uso do “kit Covid” estão na mira do Tribunal de Contas.
O Ministério Público de Contas do TC fez uma representação contra o uso do método, que chegou a ser fortemente difundido no país com o uso de cloroquina, ivermectina e azitromicina, mas foi declarado sem eficácia pelo próprio Ministério da Saúde, através da Nota Técnica 242/2021.
A ação em curso no Tribunal de Contas do Estado tem como relator o conselheiro Sérgio Borges. Esta ação deixa claro que o uso dos medicamentos contra a Covid (cloroquina, ivermectina e azitromicina, entre outros) não ocorreu com base em critérios científicos, mas sim como critério ideológico, político ou de má-fé.
Em Baixo Guandu
Nos meses iniciais da pandemia, o uso especialmente da Cloroquina (ou hidroxicloroquina) foi amplamente difundido na região pela médica dra. Priscila, de Aimorés, que em abril deste foi na Câmara Municipal de Baixo Guandu, fazendo defesa entusiasta do chamado “tratamento precoce” contra a Covid.
Um vereador da cidade chegou a elaborar um anteprojeto de lei para instituir oficialmente em Baixo Guandu o chamado “tratamento precoce”, porém a Câmara recuou e não votou a matéria, depois das reiteradas advertências (inclusive do Ministério da Saúde) sobre a ineficácia do tratamento do “Kit Covid”.
Agora o Tribunal de Contas do Estado vai fazer um levantamento de quem (municípios) ainda insiste em utilizar o Kit Covid em protocolos locais, acenando com punição aos prefeitos que mantém o método cientificamente condenado.
Em Baixo Guandu desde 2020 houve uma forte pressão para o município adotar a Cloroquina e demais medicamentos no tratamento da Covid, porém o prefeito Neto Barros não cedeu alegando exatamente as evidências científicas de ineficácia do método.
Em 2021 o prefeito Lastênio Cardoso chegou a participar, na Câmara Municipal, da palestra da dra. Priscila defendendo o Kit Covid, porém o protocolo do “tratamento precoce” não chegou a ser estabelecido no município, principalmente pela posição contrária do secretário municipal de Saúde Vinícius Gobbo.
Saiba mais na publicação do Ministério Público de Contas, clique aqui.