Embora o Espírito Santo viva um momento tranquilo da pandemia da COVID-19, com queda de casos e estabilização das internações e de óbitos, o secretário estadual de Saúde Nésio Fernandes advertiu que o Estado também pode colapsar se o “o conjunto estratégico do país não tiver um novo rumo”.
O país vive o momento mais crítico da pandemia, com 22 estados em situação de colapso ou pré-colapso no sistema de Saúde, muitos com leitos de UTIs esgotados e sem condições de socorrer a população. O Lockdown em várias cidades é uma das estratégias que estão sendo adotadas para barrar o contágio neste momento difícil.
O secretário Nésio Fernandes defende uma estratégia nacional de combate à pandemia, afirmando que salvar o país representará salvar o Espírito Santo.
A advertência do secretário Nésio ocorre num momento de graves dificuldades de coordenação nacional, com problemas na aquisição de vacinas e o próprio presidente colocando em dúvida a eficiência do uso de máscaras, além de atacar governadores sobre medidas restritivas.
Com mais de 250 mil mortes em um ano de pandemia, o país parece ainda sem rumo e muito mal conduzido a nível federal, com o Governo central defendendo medicamentos sem eficácia e incapaz de acelerar a vacinação.
O Espírito Santo, desde o início da pandemia, adotou medidas que garantiram leitos de enfermaria e de UTIs para todos os pacientes, (socorrendo ainda doentes do Amazonas) mas o secretário Nésio Fernandes ressalta que “não somos uma ilha” e evitar o colapso nacional é fundamental para garantir a tranquilidade no Estado.
O ES adotou como rumo, desde o início da pandemia, o fortalecimento da oferta de leitos e do SUS, testagem, mapa de risco e medidas pontuais de evitamento do contágio. Hoje a situação e de relativa tranquilidade, mas se o país entrar em colapso, “será difícil evitar a mesma situação no Estado”, conforme adverte o secretário Nésio Fernandes.